Hortelão sem hortelã, não tem horta amanhã.
Avisa que a falta de cuidado, trabalho ou investimento hoje impede resultados ou benefícios no futuro.
Versão neutra
Quem não cuida do que tem, não terá colheita amanhã.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que a falta de cuidado, trabalho ou investimento no presente impede obter resultados ou benefícios no futuro. - Quando é apropriado usar‑lo?
Quando se quer destacar a necessidade de ação contínua — por exemplo em gestão de projectos, educação, finanças pessoais ou cuidados com a saúde. - É um provérbio literal ou metafórico?
Ambos: pode referir-se literalmente à horticultura, mas usa‑se sobretudo de forma metafórica para falar de esforço e responsabilidade. - Tem origem conhecida?
Não há origem documentada específica para esta formulação; combina elementos tradicionais sobre cultivo e colheita comuns a muitos ditados europeus.
Notas de uso
- Usa‑se em contextos onde se quer sublinhar a importância da ação contínua e do cuidado para obter frutos mais tarde.
- É aplicável tanto de forma literal (horticultura, agricultura) como metafórica (trabalho, finanças, relações).
- Registo: corrente e proverbial; adequado em conversas informais e em textos de aconselhamento prático.
- Tomar atenção para não o usar como justificação para pressão excessiva ou culpa injustificada sobre circunstâncias externas.
Exemplos
- Se deixares a horta ao abandono durante meses, hortelão sem hortelã, não tem horta amanhã — os pés de ervas secam e não produzem.
- No contexto da empresa, lembra‑mo sempre: hortelão sem hortelã, não tem horta amanhã — sem investimento e supervisão, os projetos não prosperam.
- Ela cortou despesas na manutenção do equipamento; como diz o provérbio, hortelão sem hortelã, não tem horta amanhã — a máquina avariou e atrasou a produção.
- Quando se fala de poupança, o ditado aplica‑se: sem contribuições regulares, não há reforma confortável no futuro.
Variações Sinónimos
- Quem não planta, não colhe.
- Sem trabalho não há ganho.
- Quem não cuida, perde.
Relacionados
- Quem planta vento, colhe tempestade (sobre consequências das ações).
- Mais vale prevenir do que remediar (importância da prevenção).
- Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura (persistência produz resultados).
Contrapontos
- Nem sempre a falta de cuidado é a única causa de insucesso: fatores externos (clima, crise económica, azar) podem impedir a colheita apesar do esforço.
- Hoje é possível colmatar alguma negligência através de compra/substituição (por exemplo, comprar ervas em vez de cultivar), pelo que o provérbio não é absoluto.
- O ditado pode ser usado para culpabilizar quem enfrenta barreiras estruturais ou falta de recursos; é preciso considerar contexto e desigualdades.
Equivalentes
- Inglês
You reap what you sow. - Espanhol
El que no siembra, no cosecha. - Francês
Qui ne sème rien n'a rien à récolter. - Alemão
Wer nicht pflanzt, wird nichts ernten.