Justiça extrema, extrema injustiça

Justiça extrema, extrema injustiça.

Alerta de que a aplicação excessiva, inflexível ou desproporcionada da justiça acaba por produzir injustiça.

Versão neutra

O excesso de rigor na aplicação da lei pode transformar a justiça em injustiça.

O que significa este provérbio em termos práticos?
Significa que a aplicação desproporcionada ou inflexível da lei, sem ter em conta contextos e mitigantes, pode causar mais injustiça do que a tentativa de ser estritamente justo.
Quando é adequado usar este provérbio?
Quando se quer criticar decisões, políticas ou punições manifestamente desproporcionadas — por exemplo, sentenças idênticas para crimes de gravidade muito diferente ou multas severas por infrações triviais.
Como conciliar a ideia do provérbio com a necessidade de manter a ordem?
A conciliação passa pela proporcionalidade: regras e sanções devem ser aplicadas com critérios claros, possibilidade de avaliação de circunstâncias e margem para discricionariedade fundamentada.
É um conceito aplicável no direito moderno?
Sim. O princípio da proporcionalidade é central nos sistemas jurídicos contemporâneos e reflete precisamente a preocupação expressa pelo provérbio.

Usa‑se para criticar decisões, regras ou punições que, embora desejem ser justas, se tornam injustas pelo excesso de rigor.
Tom geralmente crítico; adequado para comentários sobre leis, sentenças, disciplina ou políticas institucionais.
Registo neutro a formal; pode aparecer em debates jurídicos, políticos e em críticas sociais.
Evitar usar em contexto emocional sem evidências — preferível quando há exemplos concretos de desproporção.

Ao aplicar a mesma pena máxima a delitos de gravidade muito diferente, o tribunal corre o risco de confirmar que justiça extrema, extrema injustiça.
Num local de trabalho, sancionar rigorosamente trabalhadores por pequenos atrasos sem considerar causas justificadas ilustra como justiça extrema pode ser injustiça.
A autoridade que insiste em multas elevadas por infrações administrativas mínimas aplica a lei com tanta severidade que o princípio do bom senso é violado — justiça extrema, extrema injustiça.
Quando a disciplina familiar se torna tão rígida que impede diálogo e reabilitação, aplica‑se o provérbio: a justiça extrema gera extrema injustiça.

Em certas situações, um maior rigor dissuasor é necessário para proteger direitos e prevenir danos repetidos.
Aplicar a lei com firmeza pode ser a forma mais equitativa quando existe risco de impunidade ou favorecimento.
A flexibilidade excessiva pode enfraquecer a segurança jurídica; a chave está na proporcionalidade, não na simples severidade.