Mais dá o cru que o nu.

Convém aceitar algo imperfeito ou incompleto antes de ficar sem nada; valoriza-se a utilidade imediata em detrimento da perfeição ou da ausência.

Versão neutra

Mais vale algo imperfeito do que nada.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer justificar a aceitação de algo útil apesar das suas imperfeições, por exemplo ajuda, bens ou soluções temporárias quando a alternativa é não ter nada.
O provérbio implica que devemos aceitar sempre coisas de má qualidade?
Não necessariamente. Trata‑se de um princípio pragmático para situações imediatas; em decisões estratégicas ou de segurança, a qualidade pode ser mais importante.
Este provérbio é formal ou informal?
É de uso popular e informal; em contextos formais é preferível usar uma formulação neutra, como 'mais vale algo imperfeito do que nada'.

Usa-se em contextos práticos: ajuda, doações, trabalhos inacabados, produtos não refinados.
Tom: coloquial e resignado; pode soar condescendente se usado sem tato.
Registo: popular/informal; evita‑se em contextos formais ou técnicos sem explicação.
Implica uma escolha pragmática (priorizar disponibilidade) e não necessariamente uma aprovação da baixa qualidade.

O fornecedor só conseguiu entregar uma versão preliminar do software; não está perfeita, mas aceitamos — mais dá o cru que o nu.
Quando a família passou necessidade, aceitaram alimentos não preparados; era melhor algo que nada — mais dá o cru que o nu.
Se não houver alternativa, prefiro receber uma proposta incompleta do que ficar sem nenhuma; antes algo imperfeito do que nada.

Mais vale pouco do que nada.
Quem muito quer, tudo perde.
Não se faz omelete sem quebrar os ovos (contexto de aceitar imperfeições para avançar).

Aceitar sempre o imperfeito pode legitimar baixa qualidade e prejudicar padrões a longo prazo.
Em áreas onde a segurança ou a ética são críticas, recusar algo inadequado é preferível.
Por vezes é melhor esperar por algo bem feito do que aceitar uma solução que cause mais problemas depois.