Mais vale magro no mato que gordo na boca do gato.
É preferível ter pouco e seguro do que muito com risco de perder tudo ou sofrer danos.
Versão neutra
Mais vale pouco e seguro do que muito e arriscado.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para aconselhar cautela quando alguém enfrenta uma escolha entre uma posse segura, ainda que pequena, e uma promessa de ganho maior que envolve risco significativo. - Significa que nunca se deve correr riscos?
Não. Trata-se de um conselho geral de prudência. Existem situações em que riscos calculados são justificáveis; o provérbio alerta sobretudo contra ofertas perigosas ou enganosas. - Há variantes deste provérbio?
Sim. Existem variantes regionais — por exemplo com 'boca do lobo' em vez de 'boca do gato' — e provérbios com sentido semelhante como 'Mais vale um pássaro na mão que dois a voar'.
Notas de uso
- Usa-se para aconselhar prudência em decisões que envolvem risco elevado face a ganhos incertos.
- Frequentemente aplicado em contextos económicos (investimentos, ofertas de trabalho) e em situações sociais em que uma vantagem aparente pode esconder perigo.
- Tom informativo ou aconselhador; adequado em conversas informais e em textos sobre tomada de decisão.
- Não é uma regra absoluta — serve como orientação geral, não como proibição de assumir riscos calculados.
Exemplos
- Recusei a oferta que parecia demasiado boa para ser verdade; mais vale magro no mato que gordo na boca do gato.
- Optámos por manter uma reserva financeira em vez de aplicar todo o capital naquele negócio incerto — mais vale magro no mato que gordo na boca do gato.
- Em vez de aceitar a promessa de ganhos imediatos e arriscados, preferiu a estabilidade do pequeno ordenado: é a versão prática de 'mais vale magro no mato que gordo na boca do gato'.
Variações Sinónimos
- Mais vale magro no mato que gordo na boca do lobo
- Mais vale pouco e seguro do que muito por provar
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar (parcialmente equivalente)
Relacionados
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar
- Mais vale prevenir do que remediar
- Quem não arrisca não petisca (contraponto comum)
Contrapontos
- Em empreendimentos empresariais ou investimentos, assumir risco calculado pode conduzir a lucros substanciais: 'quem não arrisca não petisca'.
- Situações em que a oportunidade é única e a recompensa comprovadamente superior podem justificar deixar a segurança imediata.
- Tomar riscos informados e bem planeados (diversificação, mitigação) é diferente de aventurar-se sem precauções; o provérbio não invalida esse tipo de risco estratégico.
Equivalentes
- inglês
A bird in the hand is worth two in the bush. - inglês
Better safe than sorry. - espanhol
Más vale pájaro en mano que ciento volando.