É preferível abrir mão de bens ou vantagens para evitar prejuízos maiores, danos físicos ou perdas irrecuperáveis.
Versão neutra
É preferível sacrificar objectos ou vantagens menores para evitar danos maiores ou perdas irrecuperáveis.
Faqs
O que significa este provérbio? Significa que é preferível abdicar de algo de valor menor para evitar uma perda maior ou dano mais grave, seja físico, material ou relacional.
Quando devo aplicar este conselho? Quando confrontado com risco de dano maior — por exemplo, numa situação de perigo físico, numa negociação com risco de perder um contrato inteiro, ou ao decidir entre proteger pessoas/valores essenciais e manter bens acessório.
É uma recomendação ética aceitável em todas as situações? Não. É uma regra prática e contextual; nem sempre justifica abdicar de direitos, princípios ou de decisões que protejam o bem comum a longo prazo.
Esta expressão tem uso literal? Sim. Pode referir-se literalmente a entregar um anel para evitar ferimentos, mas mais frequentemente é usada de forma figurada.
Notas de uso
Usa-se quando se aconselha a ceder algo de valor menor para proteger algo mais importante (vida, saúde, relações ou integridade de um projecto).
Tom pragmático e conservador; não é uma norma moral absoluta, antes uma máxima prática.
Adequado em contextos de risco físico, negociação, gestão de conflitos ou tomada de decisões estratégicas.
Pode ser usado de forma literal (perder um anel para evitar uma lesão) ou figurada (ceder num ponto para salvar um contrato).
Evitar usar para justificar cedências que violam princípios éticos fundamentais sem reflexão.
Exemplos
Durante o assalto, o marido entregou a aliança ao ladrão — mais vale perder os anéis que os dedos.
Na reunião, a direcção aceitou reduzir um benefício para não perder o contrato: preferiu ceder um pouco — mais vale perder os anéis que os dedos.
Quando a escalada ficou perigosa, decidiram abandonar o equipamento valioso para salvar a equipa; às vezes é melhor perder os anéis do que os dedos.
Variações Sinónimos
Mais vale perder o anel que o dedo.
Melhor perder o anel do que a mão.
Antes perder o anel do que a mão.
Relacionados
Perder uma batalha para ganhar a guerra (ceder num ponto para preservar algo maior).
Mais vale prevenir do que remediar (atenção e prudência para evitar perdas maiores).
Não pôr em risco o essencial por causa do acessório (princípio análogo).
Contrapontos
Nem sempre é aceitável desistir de direitos ou de justiça; há situações em que é preferível resistir.
Ceder constantemente pode levar à exploração ou perda de posições importantes.
Defender princípios ou integridade pode justificar suportar perdas imediatas em prol de valores a longo prazo.