Mal haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao nariz.

Mal haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao ... Mal haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao nariz.

Condena não só quem fala mal de alguém, mas com especial veemência quem leva essa má língua directamente à pessoa visada — o mensageiro ou quem conta a fofoca.

Versão neutra

Mau seja quem fala mal de mim, e pior ainda quem me traz isso à atenção.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Expressa reprovação não só para quem fala mal de alguém, mas sobretudo para quem leva essa má língua directamente à pessoa, visto como acto agravante.
  • Quando posso usar este provérbio?
    Quando se quer censurar quem repete ou divulga uma calúnia, especialmente em contextos informais ou familiares. Em contextos formais deve‑se preferir linguagem mais neutra.
  • É um provérbio ofensivo?
    Tem um tom acusatório e pode ferir quem se sinta identificado com o mensageiro; convém evitar usá‑lo para humilhar ou incitar conflito.
  • É adequado usá‑lo em escrita moderna?
    A forma original é arcaica; pode ser citada com valor literário ou histórico, mas para comunicação corrente prefira uma versão atualizada e clara.

Notas de uso

  • Tom acusatório: costuma ser usado para censurar quem repete ou revela uma calúnia em vez de a deixar por dita.
  • Registo arcaizante: a forma e o vocabulário são antigos; em comunicação moderna recomenda‑se uma versão atualizada.
  • Contexto comum: família, bairros ou grupos sociais pequenos onde as fofocas circulam e o acto de 'contar' é malvisto.
  • Não é um apelo à violência; é uma expressão de reprovação moral contra o comportamento de quem traz a notícia.

Exemplos

  • Quando ouviu que alguém o tinha acusado, disse: «Mal haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao nariz» — censurando quem espalhou a história directamente a ele.
  • Na reunião de trabalho, ela recusou comentar os rumores e suspirou: «Prefiro não saber; mal haja quem de mim mal diz, mais quem mo traz ao nariz», para mostrar desagrado com quem os repetia.

Variações Sinónimos

  • Malhaja quem de mim mal diz, mais quem mo conta.
  • Mau seja quem fala mal de mim, pior o que me o revela.
  • É pior quem traz a maledicência à minha frente do que quem a inventou.

Relacionados

  • Quem semeia ventos colhe tempestades (sobre consequências de palavras)
  • Quem conta um conto acrescenta um ponto (sobre alteração de relatos)
  • Quem cala consente (relacionado com a forma de reagir a acusações)

Contrapontos

  • Nem sempre o mensageiro age com má fé; às vezes é necessário informar alguém de uma calúnia para que possa esclarecer ou defender‑se.
  • Ignorar uma acusação pode permitir que boatos se instalem; confrontá‑los pode ser prudente.
  • A expressão assume que a notícia é maliciosa; em casos de denúncia legítima, trazê‑la à atenção é uma obrigação cívica.

Equivalentes

  • inglês
    Worse than the one who speaks ill of me is the one who brings it to my attention.
  • espanhol
    Más culpa tiene quien me lo trae que quien de mí habla mal.
  • francês
    Pire que celui qui parle mal de moi est celui qui me le rapporte.
  • italiano
    Peggio di chi parla male di me è chi me lo racconta.

Provérbios