Morre quem tem de morrer.
Expressa aceitação da inevitabilidade da morte e a ideia de que há um destino que não se pode evitar.
Versão neutra
A morte ocorre para quem está destinado a morrer.
Faqs
- O provérbio significa que tudo está predestinado?
Geralmente transmite uma noção de predestinação ou inevitabilidade, mas a interpretação varia: para uns é fatalismo, para outros uma forma de consolo. - É apropriado usar este provérbio perante alguém enlutado?
Deve ter-se cuidado. Em muitos contextos pode soar insensível; é preferível oferecer apoio empático em vez de frases fatalistas. - O provérbio impede tomar medidas preventivas?
Não é uma regra; porém, usado como justificativa pode desincentivar ações úteis (prevenção, tratamentos, salvamentos). - Tem conotação religiosa?
Pode ter conotações religiosas ou espirituais para algumas pessoas, mas também é usado de forma secular como expressão de resignação.
Notas de uso
- Usado para expressar resignação perante uma morte inevitável ou um resultado considerado predestinado.
- Pode servir de conforto para quem procura aceitar um desfecho além do controlo humano.
- Por vezes é utilizado de forma brusca ou insensível, podendo ser percepcionado como desculpa para não tomar medidas preventivas.
- Emprega-se sobretudo em contextos informais; o seu uso em situações de luto requer sensibilidade.
Exemplos
- Quando o doente deixou de responder aos tratamentos, alguns disseram, com tristeza, «Morre quem tem de morrer», como forma de aceitação.
- Depois da tempestade que destruiu o quartel, ouviu-se entre os sobreviventes: «Morre quem tem de morrer», enquanto organizavam a procura por vítimas.
- Ao receber a notícia da perda do emprego, ele disse resignado: «Morre quem tem de morrer», mas depois procurou ativamente novas oportunidades.
Variações Sinónimos
- Quem tem de morrer, morre.
- O que tiver de ser, será.
- Cada um tem o seu dia.
- Não se muda o destino.
- Quem nasce para morrer, morre.
Relacionados
- Que será, será (Whatever will be, will be).
- Memento mori (lembra-te que hás de morrer).
- Fatalismo (doutrina filosófica).
- Aceitação/resignação diante da morte.
Contrapontos
- Promove passividade: pode desincentivar ações preventivas ou salvamento.
- Ignora a responsabilidade humana e os ganhos da intervenção médica e da prevenção.
- Pode ser ofensivo ou frio quando usado perante quem está em luto.
- Nem todos os desfechos são inevitáveis; muitos resultam de decisões e esforços concretos.
Equivalentes
- inglês
Those who are meant to die will die. - espanhol
Muere quien tiene que morir. - francês
Meurt qui doit mourir.