Morrem os gatos, banqueteiam-se os ratos.
Quando os que vigiam ou controlam desaparecem, outros aproveitam-se da oportunidade e comportam-se sem restrições.
Versão neutra
Quando quem controla desaparece, outros aproveitam-se da situação.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para comentar situações em que a ausência de supervisão ou autoridade leva a comportamentos descontrolados ou oportunistas. - É ofensivo dizer isto sobre pessoas?
Pode ser interpretado como crítico ou sarcástico; convém evitar em contextos formais ou quando possa ferir alguém diretamente. - Tem origem histórica conhecida?
Não há autoria conhecida; trata-se de um provérbio popular com variantes registadas em várias línguas europeias ao longo dos séculos.
Notas de uso
- Registo: coloquial; usado em conversas informais e apontamentos críticos sobre gestão, política ou supervisão.
- Sentido: descreve oportunismo ou ausência de fiscalização, não é necessariamente literal.
- Tom: pode ser humorístico, irónico ou crítico, consoante o contexto.
- Cautela: evitar em contextos que envolvam sofrimento real (ex.: morte de animais) para não parecer insensível.
Exemplos
- Deixaram o escritório sem avisar e, no dia seguinte, morrem os gatos, banqueteiam-se os ratos — ninguém cumpriu os prazos.
- Com a diretora ausente pela semana, morrem os gatos e banqueteiam-se os ratos: alguns colegas começaram a desrespeitar as regras internas.
Variações Sinónimos
- Quando o gato não está, os ratos comem o queijo.
- Quando o gato morre, os ratos fazem festa.
- Quando o gato não vê, os ratos dançam.
Relacionados
- Quando o gato não está, os ratos comem o queijo (variante comum)
- A ocasião faz o ladrão (expressa aproveitamento de oportunidade)
- Fora de campo, todos são guerreiros (sobre ausência de responsabilidade)
Contrapontos
- Nem sempre a ausência de vigilância leva ao abuso; por vezes surgem mecanismos comunitários de autorregulação.
- A expressão generaliza: muitos comportamentos oportunistas dependem de contexto e de incentivos, não só da ausência de controlo.
- Em organizações com cultura forte, a saída de um responsável pode não provocar desordem.
Equivalentes
- Inglês
When the cat's away, the mice will play. - Francês
Quand le chat n'est pas là, les souris dansent. - Espanhol
Cuando el gato no está, los ratones hacen fiesta. - Italiano
Quando il gatto non c'è, i topi ballano. - Alemão
Ist die Katz' aus dem Haus, tanzen die Mäuse auf dem Tisch.