Muitas vezes se engana quem julga

Muitas vezes se engana quem julga ... Muitas vezes se engana quem julga

Adverte contra julgamentos precipitadamente feitos: quem avalia apenas pela aparência ou sem informação pode estar enganado.

Versão neutra

Frequentemente, quem julga está enganado.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Use‑o para lembrar alguém a não tirar conclusões precipitadas ou para justificar a necessidade de obter mais informação antes de formar opinião.
  • É adequado em contextos formais?
    Pode ser usado em contextos semi‑formais, mas em textos muito formais (jurídicos, científicos) é preferível expressar a ideia de forma direta e precisa.
  • O provérbio implica que nunca se deve julgar?
    Não. Implica cautela e humildade ao julgar: reconhece a frequência de erros em julgamentos apressados, mas aceita julgamentos fundamentados.
  • Tem equivalente em inglês?
    Sim. Frases como 'Don't judge a book by its cover' capturam a mesma ideia de não avaliar apenas pela aparência.

Notas de uso

  • Usa‑se para corrigir ou prevenir conclusões apressadas sobre pessoas, situações ou factos.
  • Tom de aviso ou conselho; pode soar censório se dirigido a alguém em particular.
  • Adequado em registo informal e semi‑formal; em contextos muito formais prefere‑se linguagem mais explícita.
  • Não invalida a necessidade de fazer avaliações provisórias quando exigido por decisão prática, apenas ressalva prudência.

Exemplos

  • O chefe pensou que o atraso se devia a desleixo, mas, como se verificou depois, o problema era técnico — muitas vezes se engana quem julga.
  • Ao ouvir só uma versão da história, Maria condenou o colega; mais tarde percebeu que muitas vezes se engana quem julga.
  • Num tribunal, é perigoso formar opinião antes de ver todas as provas: muitas vezes se engana quem julga.
  • Ao ver a roupa rasgada, não presumam imediatamente vandalismo — muitas vezes se engana quem julga; pode ter sido um acidente.

Variações Sinónimos

  • Não julgues pela aparência
  • Nem tudo é o que parece
  • Quem julga depressa, erra à pressa
  • Não se deve julgar sem conhecer

Relacionados

  • Não julgar sem conhecer
  • Cada caso é um caso
  • Pelas aparências não se conhece a pessoa

Contrapontos

  • Em algumas situações (por exemplo, gestão de risco) é necessário tomar decisões rápidas com a informação disponível; o provérbio aconselha prudência, não indecisão.
  • Nem sempre um julgamento inicial está errado; o provérbio sublinha a possibilidade de erro, não a certeza de erro.

Equivalentes

  • inglês
    Don't judge a book by its cover / Many times he who judges is mistaken
  • espanhol
    Muchas veces se equivoca quien juzga
  • francês
    On se trompe souvent quand on juge