Quem mora com judeu cria rabo.
Afirma, de forma pejorativa, que viver com judeus torna alguém semelhante aos judeus; pretende transmitir a ideia de que a companhia determina a natureza de uma pessoa.
Versão neutra
Diz‑me com quem andas e dir‑te‑ei quem és.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa, de forma pejorativa, que a convivência com certo grupo transforma quem com ele convive — neste caso com alvo específico dirigido a judeus. - É aceitável usar esta expressão hoje?
Não. A expressão tem teor antissemita e é considerada ofensiva. Deve evitar‑se e, em vez disso, usar variantes neutras que falem da influência da companhia sem atacar um grupo. - Qual é a origem desta frase?
A origem exata é incerta, mas enquadra‑se num quadro histórico de estereótipos e discriminação contra judeus na Península Ibérica; aparece em registos orais e literários como reflexo desses preconceitos.
Notas de uso
- Expressão com teor discriminatório e antissemita; usada historicamente para estigmatizar comunidades judaicas.
- Hoje é considerada ofensiva e inaceitável em discurso público e privado.
- Pode ser encontrada em textos que pretendem descrever preconceito histórico, sempre com contextualização crítica.
- Se o objetivo for falar da influência da companhia, existem variantes neutras e aceitáveis (ver versão_neutra).
Exemplos
- Num romance ambientado no século XV, o autor cita o provérbio para ilustrar o preconceito antissemita da vila — a citação é apresentada com intenção crítica.
- Em conversa contemporânea, é preferível dizer «Diz‑me com quem andas e dir‑te‑ei quem és» em vez de empregar expressões que visem um grupo étnico ou religioso.
Variações Sinónimos
- Diz‑me com quem andas e dir‑te‑ei quem és.
- Quem com lobos anda, a uivar aprende.
- Quem com porcos se deita, farelo come.
Relacionados
- Provérbios sobre influência da companhia: 'Diz‑me com quem andas e dir‑te‑ei quem és.'
- Expressões de estigmatização histórica dirigidas a grupos étnicos ou religiosos
- Textos e estudos sobre antisemitismo popular
Contrapontos
- Generalizar características ou responsabilidades a partir da pertença é injusto e fomenta discriminação.
- Atribuir qualidades negativas coletivas a um grupo é moralmente errado e, em muitos contextos, legalmente problemático.
- Para discutir influência social, use formulações que não envolvam estigmatização étnica ou religiosa.
Equivalentes
- inglês
Lie down with dogs, wake up with fleas. (Equivalente neutro sobre a influência da companhia) - espanhol
Dime con quién andas y te diré quién eres.