Muitas vezes, volta-se o feitiço contra o feiticeiro.
Quando um plano malicioso ou uma ação perversa acaba por prejudicar quem a concebeu; o intento volta contra o autor.
Versão neutra
Um acto mal-intencionado pode acabar por prejudicar quem o praticou.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
A origem exacta não é documentada; trata-se de um saber popular antigo presente em várias culturas, inspirado na ideia de reverter malefícios ou de karma moral. - É o mesmo que "Quem semeia ventos colhe tempestades"?
Há semelhança: ambos alertam para consequências negativas das próprias acções, mas o primeiro foca a reversão directa de um acto malicioso contra o autor; o segundo é mais geral sobre causas e efeitos. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa‑se para comentar situações em que uma intriga, fraude ou maldade acaba por prejudicar quem a planeou, muitas vezes com tom de aviso ou ironia. - É ofensivo empregar este provérbio sobre alguém?
Depende do contexto: usado como acusação directa pode ser ofensivo. Em comentário factual ou literário, é aceitável; convém evitar difamação e basear-se em factos.
Notas de uso
- Usa-se para advertir contra manobras desonestas, manipulações ou vinganças que podem ter efeito inverso.
- Emprega-se tanto em registo coloquial como em textos morais ou jornalísticos; em contexto literário pode ter tom irónico.
- Pode referir-se a consequências legais, sociais ou pessoais — não só a resultados imediatos.
- Não implica sempre justiça moral automática; descreve uma eventualidade frequente, não uma regra absoluta.
Exemplos
- No tribunal ficou provado que a campanha difamatória foi montada por ele — muitas vezes, volta-se o feitiço contra o feiticeiro.
- Planeou um esquema para fraudar a empresa, mas foi apanhado; o seu próprio plano virou contra si.
- Depois de insultar tanta gente nas redes, começou a sofrer boicotes e investigações: a expressão aplica-se bem aqui — quem procura enganar, por vezes acaba enganado.
Variações Sinónimos
- O feitiço volta-se contra o feiticeiro.
- O feitiço vira-se contra quem o lançou.
- Quem arma ciladas, cai nelas.
Relacionados
- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
- Quem faz o mal, recebe o mal.
- A justiça tarda, mas não falha (em tom moralizador).
Contrapontos
- Nem todas as más acções se voltam contra o autor; muitas injustiças ficam impunes ou afectam terceiros.
- Planos bem montados ou com proteção legal podem não sofrer 'reversão' — o provérbio descreve uma possibilidade, não uma certeza.
- Em acidentes ou erros involuntários não é apropriado usar o provérbio, porque não há intenção maliciosa.
Equivalentes
- Inglês
The spell often backfires on the sorcerer / The spell turns on the sorcerer. (or: "What goes around comes around") - Espanhol
A menudo, el hechizo se vuelve contra el hechicero. - Francês
Souvent, le sort se retourne contre le sorcier.