Na corte, menos ciência que paciência.
Em ambientes de poder ou etiqueta, a paciência, o tato e a prudência costumam ser mais úteis do que o saber técnico ou erudição.
Versão neutra
Num ambiente de poder ou formal, a paciência e o tacto valem muitas vezes mais do que o conhecimento técnico.
Faqs
- O provérbio significa que o conhecimento não presta?
Não. Sublinha que, em determinados contextos sociais e formais, a paciência, o tacto e a habilidade para lidar com pessoas podem ter mais efeito imediato do que o saber técnico. - Quando é adequado usar este provérbio?
Ao aconselhar alguém que enfrenta processos institucionais, negociações políticas ou relações hierárquicas, quando a estratégia passa por escutar, esperar e adaptar‑se às circunstâncias. - Tem origem histórica concreta?
A sua origem exacta é incerta. É um ditado tradicional que reflecte observações antigas sobre comportamentos em cortes e ambientes de poder, e adaptou‑se a contextos modernos.
Notas de uso
- Usa‑se para aconselhar alguém a privilegiar a prudência, o respeito às formalidades e a adaptação ao ambiente.
- Pode referir‑se tanto a cortes históricas (monárquicas) como a contextos modernos: gabinetes, chefias, diplomacia ou burocracia.
- Registo: proverbial e levemente sentencioso; adequado em conversas informais, instruções práticas ou comentário social.
- Não implica que o conhecimento seja irrelevante, mas sublinha que, em certas circunstâncias sociais, comportamento e paciência têm maior impacto imediato.
Exemplos
- Ao lidar com ministros e assessores, percebeu que avançar com argumentos técnicos não bastava; teve de ouvir, esperar e ceder nalguns pontos — na corte, menos ciência que paciência.
- Durante as negociações sindicais, os especialistas perceberam que apresentar dados exigia mais do que provas: era preciso gerir egos e calendários. A paciência acabou por ser determinante.
Variações Sinónimos
- Na corte vale mais a paciência que a ciência.
- Mais paciência que ciência na corte.
- Entre mordomias e intrigas, a paciência sobrepõe‑se ao saber.
Relacionados
- A paciência é uma virtude.
- Quem espera, alcança.
- Aquele que fala muito, erra muito.
Contrapontos
- Em tribunais e perícias técnicas, o conhecimento especializado é essencial e não pode ser substituído apenas por paciência.
- Em situações de emergência, agir com eficácia (ciência/prática) tem prioridade sobre esperar.
- A paciência excessiva pode prolongar injustiças ou permitir más decisões se for usada para evitar confrontos necessários.
Equivalentes
- inglês
In court, patience often counts for more than learning. - espanhol
En la corte, vale más la paciencia que la ciencia. - francês
À la cour, la patience vaut souvent mieux que le savoir. - italiano
In corte, la pazienza vale più della scienza.