Na terra barrenta, a areia é estrume

Na terra barrenta, a areia é estrume.
 ... Na terra barrenta, a areia é estrume.

O valor de algo depende do contexto: aquilo que é inútil ou desprezado num lugar pode ser útil e valorizado noutro.

Versão neutra

O valor das coisas depende do contexto.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Use-o para lembrar interlocutores de que julgamentos de valor são relativos ao contexto e às necessidades locais, especialmente ao discutir recursos, adaptações técnicas ou prioridades económicas.
  • É ofensivo dizer isto sobre algo ou alguém?
    O provérbio refere-se, por norma, a coisas ou recursos. Se aplicado a pessoas, pode soar depreciativo; convém evitar usos que diminuam indivíduos.
  • Como aplicar na prática numa organização?
    Ao avaliar soluções, considere as condições locais e consulte utilizadores finais; teste adaptações em pequena escala antes de generalizar decisões.
  • Tem origem regional conhecida?
    Não foi indicada origem documentada para este provérbio; parece surgir de observações agrárias sobre utilidade de materiais consoante o solo.

Notas de uso

  • Serve para sublinhar que julgamentos absolutos sobre valor e utilidade podem ser enganadores.
  • Usa-se em debates sobre recursos, política, negócios e comunidades locais para defender perspectivas contextuais.
  • Evita-se como forma de menosprezar pessoas: o provérbio refere-se sobretudo a bens ou recursos, não a indivíduos.
  • Pode sugerir que soluções importadas nem sempre são adequadas; o aproveitamento local tem importância.

Exemplos

  • Numa região muito seca, métodos antigos de conservação de água valorizam-se — na terra barrenta, a areia é estrume: o que para outros é pouco serve bem aqui.
  • A empresa pensava que o produto tinha pouco interesse, mas numa comunidade rural mostrou-se útil; como se diz, na terra barrenta, a areia é estrume.
  • Para quem cultiva em solos argilosos, uma técnica de irrigação considerada arcaica por uns pode ser preciosa — o provérbio lembra que o aproveitamento local conta.
  • Num mercado em crise, sucata tornou-se matéria-prima valiosa; é a confirmação prática de que, na terra barrenta, a areia é estrume.

Variações Sinónimos

  • O que é lixo para uns é tesouro para outros.
  • Uma coisa inútil para alguns é valiosa para outros.
  • Cada terra tem a sua utilidade.
  • O valor depende da necessidade.

Relacionados

  • O que é bom para um, pode não o ser para outro (variação conceptual).
  • Quem dá o que tem, não pede o que não tem (sobre aproveitamento de recursos locais).
  • Há males que vêm por bem (quando valor aparece onde antes não existia).

Contrapontos

  • Nem tudo serve para tudo — alerta para limites objetivos de utilização.
  • Não se deve usar qualquer coisa em qualquer contexto sem avaliar riscos.
  • Nem tudo o que é valorizado localmente é benéfico a longo prazo (ex.: recursos esgotáveis).

Equivalentes

  • Inglês
    One man's trash is another man's treasure.
  • Espanhol
    Lo que es basura para unos, es tesoro para otros.
  • Francês
    Le déchet de l'un est le trésor de l'autre.
  • Alemão
    Des einen Müll ist des anderen Schatz.
  • Italiano
    Il rifiuto di uno è il tesoro di un altro.