Não peça cooperação ou proximidade enquanto exibes ao mesmo tempo uma ameaça ou sinal de coerção; evita agir de forma hipócrita ou contraditória.
Versão neutra
Não peça que alguém se aproxime ou coopere se, ao mesmo tempo, estiver a mostrar sinais de ameaça.
Faqs
O que significa este provérbio em poucas palavras? Significa que é incoerente pedir confiança, ajuda ou aproximação enquanto se demonstra ameaça, intimidação ou desconfiança.
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando se quer criticar uma atitude contraditória entre palavras e atos — por exemplo, um líder que exige apoio mas recorre a punições excessivas.
É ofensivo usar‑lo numa conversa? Depende do contexto e do tom. Pode ser uma crítica dura; em situações sensíveis escolha linguagem menos figurada ou adote um registo mais diplomático.
Tem origem histórica conhecida? Não existe uma origem única documentada; é uma imagem popular presente em várias culturas com variações semelhantes.
Notas de uso
Usa‑se de forma figurada para criticar pedidos, convites ou apelos que são contraditos por atitudes intimidadoras.
É adequado em contextos de liderança, negociação, política ou relações pessoais para sublinhar falta de coerência entre palavras e ações.
Tom: geralmente crítico, direto; em registos formais pode ser preferível optar por linguagem mais neutra.
Não se aplica literalmente em situações onde a demonstração de autoridade ou segurança é intencional e necessária (por exemplo, forças de ordem).
Exemplos
O diretor pediu confiança à equipa, mas ameaçou despedimentos públicos; foi um claro caso de 'não chames um cachorro com um chicote na mão'.
Se queres que os vizinhos colaborem, não lhes faças multas logo no primeiro contacto — não chames um cachorro com um chicote na tua mão.
Variações Sinónimos
Não chames o cão com o pau na mão.
Não convides alguém enquanto o ameaças.
Não pedes amizade empunhando uma arma.
Não se pode pedir confiança e impôr medo ao mesmo tempo.
Relacionados
Não se pode dar com uma mão e tirar com a outra.
Não faças aos outros o que não queres que te façam.
Quem semeia ventos colhe tempestades (em parte relacionado: consequências de más ações).
Contrapontos
Em algumas situações (como manter a ordem pública) a demonstração de autoridade é deliberada e compatível com o pedido de cooperação.
Com animais treinados, chamar um cão segurando um equipamento de disciplina pode ser prático; o provérbio aplica‑se sobretudo a relações humanas e sinais contraditórios.
Afirmar limites firmes e explícitos nem sempre é hipócrita; depende do tom, do objetivo e da proporcionalidade da medida.
Equivalentes
Inglês Don't call a dog with a whip in your hand. / Don't offer peace while holding a sword (paraphrase).
Espanhol No llames al perro con el garrote en la mano.
Francês Ne pas appeler le chien en tenant le fouet.
Alemão Rufe den Hund nicht, wenn du eine Peitsche in der Hand hast.