Não costuma dizer muito, quem fala muito

Não costuma dizer muito, quem fala muito ... Não costuma dizer muito, quem fala muito

Sugere que quem fala em excesso tende a dizer pouco de substância; valoriza a concisão e a discrição.

Versão neutra

Quem fala muito tende a não ser preciso ou a não acrescentar conteúdo relevantemente novo.

Faqs

  • Quando posso usar este provérbio?
    Use-o ao comentar discursos ou intervenções que se estendem sem acrescentar informação relevante; é adequado em conversas informais e em críticas construtivas.
  • É ofensivo chamar alguém assim?
    Pode ser interpretado como crítico ou condescendente. Empregue-o com cuidado para não silenciar interlocutores ou menosprezar profissões que exigem expressão verbal.
  • Como difere de "Quem cala, consente"?
    "Quem cala, consente" refere-se à aceitação implícita pela falta de oposição; o provérbio em questão comenta a relação entre quantidade de fala e qualidade do conteúdo.

Notas de uso

  • Usa-se para criticar discursos longos e pouco produtivos ou para elogiar quem é conciso.
  • Aplicável em contextos pessoais e profissionais; tom pode ser jocoso, crítico ou ponderado conforme o contexto.
  • Não é uma verdade universal — generaliza um comportamento e pode ser percebido como julgamento.
  • Evitar usar de forma agressiva contra quem tem profissão ou papel que exige falar muito (por exemplo, professores, advogados, políticos).

Exemplos

  • Na reunião, vários colegas foram prolixos; no final alguém resumiu: «Não costuma dizer muito, quem fala muito» — era hora de passar à ação.
  • O conferencista era eloquente mas repetitivo; percebi que falava muito e dizia pouco, exatamente o que a expressão quer dizer.
  • Quando as explicações se alongavam sem esclarecer, preferi intervir com uma observação: convém ser conciso, nem sempre quem fala muito acrescenta mais.

Variações Sinónimos

  • Quem muito fala, pouco diz
  • Mais vale ser breve do que prolixo
  • Poucas palavras, grandes verdades

Relacionados

  • Em boca fechada não entra mosca
  • Quem cala, consente
  • A eloquência não é prova de conteúdo

Contrapontos

  • Falar muito não implica necessariamente falta de conteúdo — algumas pessoas explicam com detalhe para serem claras.
  • Em certas profissões e situações (ensino, vendas, negociação) falar bastante e de forma articulada é necessário e útil.
  • O provérbio generaliza e pode silenciar pessoas que precisam de tempo e espaço para desenvolver ideias complexas.

Equivalentes

  • inglês
    Those who talk much often say little.
  • espanhol
    Quien mucho habla, poco dice.
  • francês
    Qui parle beaucoup ne dit pas toujours grand-chose.