Não diga a língua o que pague a cabeça

Não diga a língua o que pague a cabeça.
 ... Não diga a língua o que pague a cabeça.

Aconselha a pensar antes de falar para não proferir palavras que depois tragam consequências ou obrigações de que se terá de responder.

Versão neutra

Não digas algo que depois terás de assumir as consequências.

Faqs

  • Qual é o sentido literal deste provérbio?
    Literalmente sugere que não se deve dizer com a língua algo que depois a cabeça (ou a pessoa) terá de pagar ou suportar; metaforicamente refere-se às consequências das palavras.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Quando se quer advertir alguém sobre falar impulsivamente, prometer sem pensar ou emitir opiniões que possam trazer consequências negativas.
  • É adequado em contextos profissionais?
    Sim, pode ser apropriado como conselho para cautela nas comunicações; porém, não deve ser usado para dissuadir comunicações necessárias ou legítimas, como relatórios de irregularidades.

Notas de uso

  • Usa-se para advertir alguém contra falar impulsivamente ou fazer promessas que não poderá cumprir.
  • Tom e registro: pode ser usado tanto em conversas informais como em aviso mais sério; tem um tom proverbial e paternalista.
  • Não deve ser empregado para silenciar críticas legítimas ou denunciar injustiças; trata-se de um conselho sobre cautela, não de uma regra absoluta para omissão.

Exemplos

  • Antes de responder ao chefe com acusações, lembrou-se do provérbio: 'Não diga a língua o que pague a cabeça' e respirou fundo para escolher as palavras.
  • Na discussão sobre o contrato, ele conteve-se; sabia que uma promessa impensada poderia custar-lhe caro — não dizia a língua o que a cabeça teria de pagar.

Variações Sinónimos

  • Não digas com a língua aquilo que a cabeça terá de pagar.
  • Pensa antes de falar.
  • Fala pouco e pensa muito.
  • Mais vale calar do que falar e arrepender-se.

Relacionados

  • Em boca fechada não entra mosca.
  • Quem fala demais dá bom dia a cavalo.
  • Primeiro pensar, depois agir.

Contrapontos

  • Em situações de denúncia ou defesa de direitos, falar pode ser necessário apesar do risco de consequências; o provérbio não justifica a censura de vozes legítimas.
  • Algumas circunstâncias exigem comunicação imediata (e.g. alertas de segurança), onde conter a língua pode ser prejudicial.

Equivalentes

  • Inglês
    Think before you speak.
  • Inglês (variante)
    Loose lips sink ships.
  • Francês
    Il faut tourner sa langue sept fois dans sa bouche avant de parler.
  • Espanhol
    Piensa antes de hablar.