Não fio nada até amanhã.
Expressão de cautela: não confiar nem contar com algo até que esteja confirmado no dia seguinte.
Versão neutra
Não confio em nada até amanhã.
Faqs
- O que significa exatamente 'fio' nesta expressão?
Aqui 'fio' vem de 'fiar' no sentido de confiar/achar credível. Em primeira pessoa adopta-se esta forma como regra proverbial para exprimir prudência geral. - Em que contextos posso usar este provérbio?
Em situações de incerteza: promessas não formalizadas, previsões meteorológicas, informações de terceiros ou resultados que ainda não estão verificados. - É um provérbio rude ou ofensivo?
Não; é coloquial e expressa desconfiança ou prudência, não ofensa. O tom pode variar: pode soar cauteloso ou cético, conforme o contexto. - Qual a diferença entre usar este provérbio e dizer 'vou esperar para ver'?
Ambas exprimem espera, mas o provérbio tem um matiz de desconfiança mais marcado — indica que não se confia no resultado até confirmação concreta.
Notas de uso
- Usa-se para manifestar desconfiança ou prudência face a promessas, previsões ou resultados ainda não confirmados.
- Tom coloquial; a forma verbal 'fio' (de fiar = confiar) é primeira pessoa do singular, usada aqui com valor impessoal/proverbial.
- Aplicável em contextos pessoais, profissionais e meteorológicos; indica preferência por esperar prova concreta antes de agir.
- Não implica necessariamente cinismo — antes, prudência perante incertezas.
Exemplos
- O chefe disse que o contrato vai ser assinado hoje, mas eu não fio nada até amanhã; quero ver o documento assinado.
- A previsão mudou várias vezes esta semana, por isso não fio nada até amanhã e levo sempre um impermeável.
- Anunciaram que o pagamento ia entrar hoje; não fio nada até amanhã, só acredito quando o valor aparecer na conta.
Variações Sinónimos
- Não confio em nada até amanhã.
- Não dou nada como certo até ver com os meus olhos.
- Não conto com isso antes de estar confirmado.
Relacionados
- Não vendas a pele do urso antes de o teres morto.
- Não cantes vitória antes da hora.
- A esperança é o último a morrer.
Contrapontos
- A cautela excessiva pode impedir decisões oportunas, como investimentos ou compromissos necessários.
- Em algumas situações, confiar e agir é preciso (ex.: delegar tarefas, tomar decisões com informação suficiente).
- Confiar em informação verosímil pode ser racional quando o custo da espera é maior que o risco de erro.
Equivalentes
- inglês
Don't count your chickens before they're hatched; or: I'll believe it when I see it. - espanhol
No cuentes los pollos antes de que nazcan; o: lo creeré cuando lo vea. - francês
Il ne faut pas vendre la peau de l'ours avant de l'avoir tué; ou : j'y croirai quand je le verrai. - alemão
Man soll den Tag nicht vor dem Abend loben; oder: Ich glaube es erst, wenn ich es sehe.