Não há manjar que não enfastie, nem vício que não enfade.
Não há manjar que não enfastie, nem vício que não enfade.
Aviso de que tudo o que é excessivo ou repetido acaba por cansar ou aborrecer, incluindo prazeres e maus hábitos.
Versão neutra
Qualquer prazer ou hábito, se for excessivo ou contínuo, acaba por provocar cansaço ou aborrecimento.
Faqs
O que significa este provérbio? Significa que todos os prazeres e hábitos, por mais agradáveis que sejam, acabam por cansar ou aborrecer se praticados em excesso ou sem variação.
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando se quer aconselhar moderação, comentar os efeitos negativos do excesso ou explicar por que razão algo inicialmente prazeroso deixou de o ser.
Tem origem conhecida? É um provérbio da tradição popular lusófona; não há uma fonte única identificada, sendo antes uma formulação tradicional que condensa sabedoria comum.
É moralizador ou apenas observacional? Embora tenha tom moralizador, pode ser usado simplesmente como observação prática sobre a natureza humana e a necessidade de equilíbrio.
Notas de uso
Tom proverbial e sentencioso: usado para aconselhar moderação ou criticar excessos.
Registo: pode ser usado tanto em contextos formais (conselhos, textos reflexivos) como informais (conversas familiares), mas tem um tom moralizador.
Aplica-se a prazeres materiais (comida, consumo), a comportamentos (vícios, rotinas) e a situações de excesso (festas, trabalho contínuo).
Ao empregar o provérbio evite direcionar de forma ofensiva: é mais eficaz como reflexão geral do que como acusação direta.
Exemplos
Depois de uma semana a comer bolo todas as manhãs, percebi que não há manjar que não enfastie; já nem me apetecia.
Começou por ser um passatempo, mas sem limites transformou-se num problema — prova de que nem vício que não enfade.
No nível organizacional, o excesso de horas extraordinárias desgasta a equipa: não há manjar que não enfastie, por isso é preciso gerir ritmos.
Variações Sinónimos
Não há manjar que não enjoe, nem vício que não farta.
Tudo o que é demais enjoa.
Até o mais doce enjoa com muita repetição.
Relacionados
Tudo o que é demais enjoa.
Demasiado de uma coisa estraga-a.
Melhor pouco e bom do que muito e enfadonho.
Contrapontos
A moderação preserva o prazer: usado para sugerir que o controle prolonga o gosto e evita o enfastio.
Práticas sustentáveis e rotinas saudáveis reduzem o risco de enjoar de algo positivo.
Nem todo hábito se torna enfadonho se for variado e equilibrado.
Equivalentes
English (literal) There is no delicacy that does not cloy, nor vice that does not weary.
English (idiomático) Too much of a good thing.
Español No hay manjar que no empalague, ni vicio que no fatigue.
Français Rien n'est si agréable qu'avec modération ; l'excès en lasse.
Italiano Non c'è piacere che non stanchi, né vizio che non annoi.