Não há pobreza pior que o dever

Não há pobreza pior que o dever.

A obrigação (especialmente a dívida) é um peso mais grave do que a falta de bens materiais.

Versão neutra

Não existe pobreza pior do que a de quem tem dívidas.

O que significa exactamente 'dever' neste provérbio?
Na maior parte dos contextos, 'dever' refere-se a dívidas ou obrigações financeiras. Contudo, também é usado figuradamente para designar encargos morais, familiares ou profissionais que empobrecem a vida da pessoa.
De onde vem este provérbio?
É um provérbio popular português de origem oral; não há registo de um autor ou data precisos. Expressa uma sabedoria prática comum a várias culturas.
Quando é apropriado usá-lo?
Serve para aconselhar prudência face a empréstimos e compromissos que possam hipotecar o futuro financeiro, ou para comentar o custo pessoal de responsabilidades que se tornam sufocantes.
Significa que devemos evitar todas as dívidas e deveres?
Não necessariamente. O provérbio alerta para os riscos das dívidas e obrigações excessivas; decisões ponderadas sobre crédito, investimento e responsabilidades podem ser justificadas e benéficas.

Geralmente usado para alertar contra contrair dívidas ou assumir obrigações que comprometem a liberdade económica.
Pode referir-se tanto a dívidas financeiras (dever) como a deveres ou encargos morais/profissionais que empobrecem a vida da pessoa.
Emprega-se muitas vezes em conselhos práticos sobre poupança, crédito e responsabilidade.
Tomar o provérbio literalmente (apenas como dívida financeira) torna-o mais direto, mas o uso figurado (dever como encargo) é comum.

Quando lhe propuseram o empréstimo para abrir o negócio, o João lembrou: «Não há pobreza pior que o dever» e acabou por esperar até ter capital próprio.
Apesar de amar cuidar do pai doente, a Marta sentia o provérbio na pele: o dever de o acompanhar tirava-lhe tempo e recursos, deixando-a exausta e apertada de dinheiro.

Cumprir um dever moral ou familiar pode ser visto como nobre, mesmo que traga sacrifícios materiais.
Pedir empréstimos pode ser necessário para investir em educação, habitação ou negócio; nem toda a dívida é prejudicial se for usada com planeamento.
A recusa de assumir qualquer obrigação por medo de empobrecer pode levar à estagnação ou à perda de oportunidades legítimas.