Não há puta sem alcoviteira.
Afirma que um acto censurável ou uma situação negativa não surge sem alguém que o promova, facilite ou permita.
Versão neutra
Não há acto sem quem o instigue ou propicie.
Faqs
- O que significa exatamente este provérbio?
Significa que actos censuráveis ou situações negativas tendem a ter alguém que os promova, facilite ou permita — ou seja, não surgem isoladamente. - É apropriado usar este provérbio em conversa formal?
Não. A expressão contém linguagem vulgar e pode ofender; em contextos formais é preferível usar alternativas neutras, como «não há acto sem quem o instigue». - Qual é a origem histórica da palavra 'alcoviteira'?
Historicamente, 'alcoviteiro/alcoviteira' referia-se a quem fazia de intermediário para encontros íntimos ou explorava prostitutas; por extensão passou a significar cúmplice ou instigador. A origem exacta do provérbio não é documentada aqui. - Há alternativas menos ofensivas?
Sim. Exemplos: «Não há acto sem quem o instigue», «Não há fumo sem fogo», ou «não acontece nada sem quem facilite». Estas transmitem a ideia sem linguagem vulgar.
Notas de uso
- É uma expressão vulgar e potencialmente ofensiva; evita-se em contextos formais ou sensíveis.
- O termo 'alcoviteira' pode referir-se literal a quem encobre ou explora prostitutas (alcoviteiro/alcoviteira) ou, de modo figurado, a instigadores, cúmplices ou divulgadores.
- Usa-se para atribuir responsabilidade partilhada ou para sugerir a existência de quem favoreça ou provoque um acto.
- Risco de injustiça: a expressão pode servir para culpar terceiros de forma simplista; convém ter provas antes de imputar cumplicidade.
Exemplos
- Ao comentar o caso de corrupção, alguém disse: «Não há puta sem alcoviteira», querendo dizer que houve quem facilitasse as negociatas.
- Num tom mais cauteloso, poderíamos dizer: «Não há acto sem quem o instigue ou favoreça», para evitar linguagem ofensiva.
Variações Sinónimos
- Não há meretriz sem alcoviteiro (variação lexical mais antiga)
- Não há acto sem cúmplice
- Não há fumo sem fogo (sinónimo aproximado no sentido de indício de cumplicidade ou causa)
Relacionados
- Não há fumo sem fogo
- A ocasião faz o ladrão
- It takes two to tango (quando se quer sublinhar responsabilidade partilhada)
Contrapontos
- Nem todas as situações têm um instigador claro — alguns actos surgem por circunstâncias complexas ou por iniciativa individual.
- Atribuir culpa a um 'alcoviteiro' pode ser uma forma de simplificar ou deslocar responsabilidade do autor directo.
- Usar linguagem vulgar pode ofender terceiros e reduzir a credibilidade do argumentador.
Equivalentes
- Inglês
There's no smoke without fire (mais próximo, indica que normalmente há causa por trás de rumores) - Inglês
It takes two to tango (indica responsabilidade partilhada, não é literal) - Espanhol
No hay puta sin alcahueta (variação direta, igualmente vulgar) - Francês
Il n'y a pas de fumée sans feu (equivalente conceptual)