Não há sábado sem sol, nem rosmaninho sem flor...

Não há sábado sem sol, nem rosmaninho sem flor, ... Não há sábado sem sol, nem rosmaninho sem flor, nem casada sem ciúme, nem solteira sem amor.

Enumera pares vistos como inevitáveis ou habituais — fenómenos naturais e traços de relações pessoais — usando imagens populares.

Versão neutra

Algumas coisas costumam vir em pares: fins-de-semana de sol são comuns, o rosmaninho floresce, o matrimónio pode trazer ciúme e muitas pessoas solteiras procuram amor.

Faqs

  • Este provérbio aplica-se literalmente?
    Nem sempre. Algumas imagens (rosmaninho com flor, sábado e sol) remetem para observações naturais; as referências a ciúme e amor são generalizações culturais e devem ser interpretadas com cautela.
  • É apropriado usar este provérbio hoje?
    Pode ser usado de forma figurada ou irónica, mas convém evitar afirmações que reforcem estereótipos de género ou deduções absolutas sobre comportamentos pessoais.
  • De onde vem exactamente o provérbio?
    Não existe registo documental de autoria; trata-se de tradição oral popular portuguesa. Variações regionais circulam há décadas.

Notas de uso

  • Usa-se para apontar que certas coisas costumam andar juntas ou são esperadas pela experiência popular.
  • Pode ser proferido de forma literal (sobre a natureza) ou figurada (sobre relações e comportamentos).
  • No uso contemporâneo, deve ser evitado como generalização rígida sobre géneros, pois contém estereótipos.

Exemplos

  • Ao comentar os boatos na aldeia, o João disse com ironia: «Não há sábado sem sol, nem rosmaninho sem flor...» para sublinhar o óbvio.
  • Num debate sobre relações, a Rita usou o provérbio para apontar que o ciúme é frequente no casamento, mas logo acrescentou que nem todas as pessoas casadas se tornam ciumentas.

Variações Sinónimos

  • Não há rosa sem espinho.
  • Há coisas que andam sempre juntas.
  • Onde há amor, costuma haver ciúme (variação focada nas relações).

Relacionados

  • Não há rosa sem espinho (sobre aspetos inseparáveis de certas coisas).
  • As tradições populares que ligam fenómenos naturais a traços humanos.
  • Provérbios que generalizam comportamentos sociais (p.ex. sobre amor e ciúme).

Contrapontos

  • Afirmar que «nem casada sem ciúme» e «nem solteira sem amor» é reducionista: nem todas as pessoas casadas sentem ciúme, nem todas as solteiras procuram amor.
  • Usar o provérbio sem contexto pode reforçar estereótipos de género e expectativas sociais pouco realistas.
  • A realidade contemporânea mostra maior diversidade de vivências amorosas e afectivas do que sugere o provérbio.

Equivalentes

  • inglês
    There is no rose without a thorn. (equivalente para a parte sobre inevitabilidade; o resto do provérbio não tem equivalente fixo em inglês)
  • espanhol
    No hay rosa sin espinas. (equivalente próximo para a parte sobre inevitabilidade)