Não há seda que não venha ter à cozinha.
Mesmo o que é mais fino ou sofisticado acaba por se confrontar com as necessidades e realidades quotidianas.
Versão neutra
Não existe luxo que não acabe por confrontar-se com as necessidades da vida quotidiana.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para salientar que o requinte ou a aparência não os livram das obrigações básicas e da vida quotidiana, especialmente em comentários sobre ostentação ou quando se quer relativizar privilégios. - É um provérbio ofensivo ou sensível?
Não é intrinsecamente ofensivo; trata-se de uma observação proverbial sobre realidade social. Use com cuidado ao referir-se a pessoas individualmente, para não humilhar. - Qual o registo do provérbio?
Registo coloquial/popular; aceita-se em linguagem informal e em textos reflexivos sobre sociedade, menos apropriado em contextos formais sem explicação.
Notas de uso
- Provérbio usado para lembrar que o luxo ou a aparência não impedem as obrigações e o trabalho diário.
- Empregado tanto de forma literal (objetos de valor acabam por ser usados/estragados) como metafórica (pessoas de estatuto passam por dificuldades comuns).
- Registo popular; pode soar proverbial ou antigo em contextos urbanos modernos.
- Usa-se frequentemente em situações de crítica à ostentação ou para relativizar privilégios.
Exemplos
- Podem fazer festas e gastares com roupas caras, mas, quando a crise chegar, lembra-te: não há seda que não venha ter à cozinha.
- A empresa investia em gabinetes luxuosos, mas quando houve cortes teve de reduzir salários — prova de que não há seda que não venha ter à cozinha.
Variações Sinónimos
- Não há seda que não venha parar à cozinha
- Tudo o que é fino acaba por enfrentar a vida quotidiana
- O luxo também passa pela cozinha
Relacionados
- Tudo se desgasta com o uso
- Pêlo fino não paga pão
Contrapontos
- Nem sempre o luxo é tocado pela vida quotidiana: bens colecionáveis ou peças de museu podem permanecer longe do uso diário.
- Em algumas circunstâncias, privilégios tornam possível evitar tarefas domésticas ou dificuldades, pelo menos por algum tempo.
Equivalentes
- en
There is no silk that doesn't end up in the kitchen (literal); meaning: luxury eventually meets everyday reality. - es
No hay seda que no llegue a la cocina (traducción literal y equivalente funcional).