Não há vilão sem ser ruim, nem ruim sem ser vilão.
Afirma uma equivalência entre ser 'vilão' (rotulado como tal) e ser moralmente mau; sugere que a vilania e a maldade são inseparáveis na perceção social.
Versão neutra
Quem é considerado vilão costuma ser visto como mau, e quem age mal tende a ser rotulado de vilão.
Faqs
- O que quer dizer exactamente este provérbio?
Significa que, socialmente, a condição de 'vilão' e a de ser 'ruim' são frequentemente tratadas como sinónimos: alguém rotulado de vilão é presumido mau, e uma pessoa má é vista como vilã. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se discute reputações, personagens (literatura, cinema) ou quando se quer criticar a tendência de rotular pessoas de forma absoluta. Deve evitar‑se como prova de culpa em discussões racionais. - O provérbio é ofensivo?
O próprio conteúdo não é obsceno, mas pode ser ofensivo se utilizado para estigmatizar ou atacar alguém, pois atribui uma condenação moral total. - Qual é a origem deste provérbio?
Origem não fornecida ou desconhecida; parece refletir um juízo popular generalizador presente em várias línguas.
Notas de uso
- Registo: coloquial; adequado em comentário literário, jornalístico ou numa conversa sobre reputações e moralidade.
- Emprego frequente para sublinhar uma avaliação negativa de alguém ou de um comportamento.
- Pode ser usado de forma irónica para criticar a tendência de rotular pessoas de modo absoluto.
- Evitar como argumento definitivo em debates morais ou jurídicos, por simplificar causas, contextos e graus de culpa.
Exemplos
- No romance, o narrador reforça a ideia de que o antagonista é vilão e, por isso, será tratado como moralmente mau por quase todos os outros personagens.
- Num debate político, chamar alguém de 'vilão' simplifica o problema: a frase transmite que, por ser visto como mau, essa pessoa já não merece contexto nem compreensão.
Variações Sinónimos
- Não há vilão que não seja mau, nem mau que não seja vilão.
- Onde há maldade, há um vilão; onde há um vilão, há maldade.
- Mau e vilão são expressões que muitas vezes se sobrepõem.
Relacionados
- Rótulos e estereótipos (como a rotulação simplista de pessoas)
- Essencialismo moral (a ideia de que a moralidade define a identidade de alguém)
- Falácia circular (quando a definição e a prova se confundem)
Contrapontos
- Simplifica a complexidade humana: comportamentos maus não tornam alguém íntegramente mau nem irreparável.
- Ignora contexto, circunstâncias e graus de responsabilidade — nem toda ação má resulta de caráter vil.
- Promove estigmatização e dificulta processos de reconciliação ou reabilitação.
Equivalentes
- Inglês
There is no villain who isn't bad, nor anyone bad who isn't labeled a villain. - Espanhol
No hay villano que no sea malo, ni malo que no sea villano. - Francês
Il n'y a pas de méchant qui ne soit mauvais, ni de mauvais qui ne soit considéré comme méchant.