Não hajas compaixão de quem tem cama e dorme no chão

Não hajas compaixão de quem tem cama e dorme no  ... Não hajas compaixão de quem tem cama e dorme no chão.

Não se deve ter pena de quem, apesar de ter meios, opta por privar‑se ou sofrer por escolha própria.

Versão neutra

Não se deve ter compaixão de quem, tendo meios, escolhe passar privação por vontade própria.

Faqs

  • O que significa este provérbio em linguagem simples?
    Significa que não convém ter pena de quem, apesar de possuir recursos ou meios, opta por sofrer ou privar‑se por escolha própria.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se pretende criticar comportamentos voluntários de auto‑prejuízo ou recusa de ajuda, especialmente em contextos de responsabilidade pessoal ou má gestão.
  • Será este provérbio insensível ou cruel?
    Pode ser percebido como insensível se usado sem avaliar a situação: antes de o aplicar, é prudente confirmar que a privação resulta de escolha consciente, e não de factores como doença, vergonha ou coerção social.
  • Há alternativas mais empáticas para transmitir a mesma ideia?
    Sim. Em vez de condenar, pode dizer‑se: «Podemos oferecer ajuda, mas a pessoa tem de querer aceitá‑la» ou «Não se pode forçar alguém a mudar se não o pretende.»

Notas de uso

  • Usa‑se para criticar atitudes em que uma pessoa recusa ajuda ou prefere sofrimento mesmo dispondo de recursos.
  • Tem um tom corretivo ou moralizador: aponta responsabilidade pessoal e escolha.
  • Deve ser evitado quando a situação envolve doença mental, vergonha, pressões sociais ou falta de informação — nesses casos a «escolha» pode não existir.
  • É comum em conversas sobre economia doméstica, gestão pessoal ou comportamentos considerados irrazoáveis.

Exemplos

  • Quando o João recusa constantemente ajuda financeira e gasta o dinheiro em opções arriscadas, a avó comentou: «Não hajas compaixão de quem tem cama e dorme no chão.»
  • Ao ver que ela tinha um guarda‑chuva novo e saía molhada por opção, ele lembrou o provérbio para justificar a sua impaciência: não convém chorar por quem tem cama e dorme no chão.
  • No debate sobre benefícios, alguém usou o provérbio para argumentar que não se deve sustentar escolhas voluntárias de privação.
  • É injusto aplicar esta máxima sem perceber a situação: muitos que parecem «dormir no chão» o fazem por razões que não são escolha consciente.

Variações Sinónimos

  • Não ter compaixão de quem tem cama e dorme no chão
  • Quem tem cama e dorme no chão não merece compaixão
  • Não chores por quem tem como se socorrer
  • Não se deve compadecer de quem, tendo meios, se põe em privação

Relacionados

  • Quem não quer ser ajudado, não merece ajuda.
  • Cada um colhe o que planta.
  • Ajuda quem quer ser ajudado.
  • Quem semeia ventos, colhe tempestades.

Contrapontos

  • Nem sempre a privação é uma escolha consciente: doenças mentais, orgulho, vergonha ou falta de literacia financeira podem explicar comportamentos que parecem voluntários.
  • Aplicar o provérbio de forma literal pode levar à insensibilidade: compaixão e interrogação são úteis antes de julgar.
  • Em contextos de vulnerabilidade social, a responsabilidade estrutural (falta de apoio, estigma) pode ser maior do que a decisão individual.

Equivalentes

  • Inglês (equivalente de sentido)
    You can't help the unwilling / You can lead a horse to water, but you can't make it drink.
  • Inglês (tradução literal)
    Don't pity someone who has a bed and sleeps on the floor.
  • Espanhol
    No te compadezcas de quien tiene cama y duerme en el suelo. (tradução literal)
  • Francês
    Ne sois pas compatissant envers celui qui a un lit et dort par terre. (tradução literal)