Não me dês que fazer, dá-me que comer.
Preferir ajuda material imediata (como alimentos) a conselhos, tarefas ou ordens; criticar quem oferece instruções em vez de socorro concreto.
Versão neutra
Não me dês tarefas; dá-me sustento.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que, perante necessidades básicas, se prefere receber ajuda material imediata em vez de instruções, tarefas ou conselhos. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer criticar a oferta de conselhos ou trabalhos em vez de auxílio concreto — em debates sobre assistência social, em contexto de protesto ou ironicamente entre amigos. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser interpretado como brusco ou ingrato. Use-o com cuidado: em situações formais ou ao pedir ajuda, prefira uma formulação mais polida. - Este provérbio recomenda dependência?
Não necessariamente; expressa uma prioridade por necessidades básicas. Uma resposta equilibrada combina ajuda imediata com meios para autonomia futura.
Notas de uso
- Usado quando se critica quem oferece trabalho, instruções ou moral em vez de ajuda prática.
- Tom frequentemente irónico ou áspero; pode soar rude se utilizado directamente com quem oferece ajuda.
- Emprego comum em contextos de protesto social, pedidos de assistência ou conversas informais sobre apoio material.
- Não é um incentivo à ociosidade; sublinha prioridade das necessidades básicas sobre orientação abstrata.
Exemplos
- Quando a associação veio ensinar-nos técnicas e não trouxe mantimentos, alguém murmurou: “Não me dês que fazer, dá-me que comer.”
- O empregado respondeu ao patrão que só lhe dava instruções mas não aumentava o salário: “Não me dês que fazer, dá-me que comer.”
Variações Sinónimos
- Não me dês trabalho, dá-me de comer.
- Não me dês ordens, dá-me sustento.
- Não me dês instruções, dá-me auxílio material.
Relacionados
- Dá um peixe a um homem e comes um dia; ensina-o a pescar e comes sempre.
- Quem tem fome não tem razão (uso figurado para justificar prioridades básicas).
Contrapontos
- Argumento a favor da ajuda formativa: ensinar alguém a ajudar-se a longo prazo (ex.: 'ensina a pescar').
- Risco de fomentar dependência se apenas se derem bens sem capacitação.
- Importância de equilibrar apoio imediato com soluções sustentáveis.
Equivalentes
- Inglês
Don't give me something to do, give me something to eat. (literal) / Don't preach to me — feed me. - Espanhol
No me des qué hacer, dame qué comer. - Francês
Ne me donne pas de travail, donne-moi à manger.