Não morram os devedores, que as dívidas logo se pagam.
Ironiza que a morte do devedor costuma pôr fim ou simplificar a cobrança das dívidas — é uma observação cínica sobre obrigações e consequências práticas.
Versão neutra
A morte do devedor costuma alterar a situação das dívidas, por vezes tornando a cobrança mais simples ou levando à sua extinção.
Faqs
- O que significa este provérbio?
É uma frase irónica que sugere que a morte do devedor altera a situação das dívidas — por vezes levando à sua extinção ou a uma cobrança diferente — e reflecte o cinismo de quem lida com créditos. - Posso usar este provérbio em qualquer situação?
Não. Pelo seu teor, deve ser usado com cuidado e, preferencialmente, em contextos informais entre pessoas que percebam a ironia. Evite em situações sensíveis ou formais. - A morte de um devedor extingue sempre as dívidas?
Não. Em muitos sistemas jurídicos, as dívidas do falecido são pagas com o espólio antes da distribuição da herança; os herdeiros podem ficar protegidos ou responsabilizados até ao limite do património aceitado. - O provérbio é ofensivo?
Pode ser. Por invocar a morte como solução para problemas financeiros, é facilmente visto como insensível ou de mau gosto. Use-o com prudência.
Notas de uso
- Tom irónico, frequentemente usado por credores frustrados ou em conversas informais sobre dinheiro e responsabilidades.
- Registo coloquial; pode ser considerado insensível porque invoca a morte de terceiros.
- O valor literal do provérbio depende do sistema legal: em muitos países a morte não extingue automaticamente todas as dívidas, que podem caber ao espólio ou aos herdeiros.
- Evitar usar em contextos em que a referência à morte possa ferir ou ofender — por exemplo, junto a familiares de falecidos ou em situações formais.
Exemplos
- Quando lhe perguntaram como reagiria se nunca mais recuperasse o dinheiro emprestado, ele respondeu com sarcasmo: «Não morram os devedores, que as dívidas logo se pagam.»
- Na reunião entre credores, um dos presentes disse, em tom seco, que preferia ver as complicações do processo resolvidas: «Não morram os devedores, que as dívidas logo se pagam», usando o provérbio para sublinhar a frustração.
- Ela usou a expressão de forma irónica ao discutir heranças e obrigações: «Não morram os devedores… isto simplifica muita papelada», embora tenha acrescentado que isso não significa desejar mal a ninguém.
Variações Sinónimos
- Morre o devedor, morre a dívida.
- Quando morre o devedor, a dívida acaba.
- Que não morram os devedores, que se resolvem as contas.
Relacionados
- Quem deve não dorme (variação popular sobre a inquietação de quem está endividado)
- Quem deve, teme (sobre a preocupação que o endividamento causa)
- Dívidas e heranças (temas jurídicos e sociais relacionados)
Contrapontos
- Desejar a morte de alguém por causa de dinheiro é eticamente inaceitável e potencialmente ofensivo.
- Em muitos sistemas jurídicos as dívidas não desaparecem automaticamente com a morte do devedor: o espólio pode ser responsável, e os credores podem ter preferência na repartição dos bens.
- Existem soluções legais e morais para recuperar créditos que não passam por desejar mal a outrem, como renegociação, garantias e processos adequados.
Equivalentes
- English
Let the debtors not die, for the debts will soon be paid. (literal translation; ironic tone) - Español
Que no mueran los deudores, que las deudas se pagan pronto. (traducción literal con tono irónico) - Français
Que les débiteurs ne meurent pas, car les dettes se règlent vite. (traduction littérale, ton ironique)