Alude à tendência de quem muda de posição social ou de papel esquecer as dificuldades ou limitações que viveu antes.
Versão neutra
Quem já ocupou a posição de outra pessoa tende a esquecer as dificuldades dessa posição quando passa a ocupar a sua.
Faqs
Quando se pode usar este provérbio? Usa‑se para criticar ou comentar a falta de empatia de alguém que, ao mudar de posição ou estatuto, deixa de reconhecer as dificuldades que antes teve.
O provérbio é ofensivo? Tem um tom crítico e pode ser percebido como ofensivo, especialmente em contextos familiares. Deve ser usado com cautela para não ferir relacionamentos.
Aplica‑se apenas a sogras e noras? Não — embora a imagem use sogra/nora, o provérbio refere‑se genericamente a qualquer mudança de papel ou condição que leve ao esquecimento das próprias dificuldades passadas.
Notas de uso
Usa‑se para apontar hipocrisia ou falta de empatia quando alguém que já esteve numa posição difícil passa a criticar os que lá estão.
Tem tom geralmente crítico e pode ser usado de forma jocosa ou mordaz; atenção ao contexto familiar para não ferir relacionamentos.
Aplicável fora do contexto familiar, por exemplo quando cargos, riqueza ou poder mudam a atitude de uma pessoa.
Não deve ser tomado como regra universal — há pessoas que lembram e ajudam quem passou pela mesma experiência.
Exemplos
Agora que ela é chefe, esqueceu como era difícil começar na empresa — não se lembra a sogra que foi nora.
Quando o vizinho se tornou proprietário, deixou de entender as queixas dos inquilinos; foi o caso do velho provérbio: não se lembra a sogra que foi nora.
Variações Sinónimos
Não se lembra a sogra de que foi nora.
Quem foi nora esquece que já o foi.
Quem muda de lado esquece o que passou.
Relacionados
Quem já foi criança, sabe o que é brincar (tema: lembrança da própria experiência)
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades (tema: mudança de comportamento com o estatuto)
Contrapontos
Nem todas as pessoas esquecem as suas experiências passadas; muitas usam‑nas para ajudar outros em situações semelhantes.
O provérbio generaliza e pode reforçar um estereótipo negativo sobre sogras ou pessoas que mudam de posição social.
Em contextos profissionais, a mudança de atitude pode dever‑se a responsabilidades novas e não a esquecimento deliberado.
Equivalentes
es No recuerda la suegra que fue nuera.
fr La belle‑mère n'oublie pas qu'elle fut belle‑fille.
en The mother‑in‑law forgets that she once was a daughter‑in‑law.