Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe.
Expressa recusa deliberada ao conhecimento e hostilidade ou ressentimento em relação a quem detém esse conhecimento.
Versão neutra
Recuso‑me a saber e sinto hostilidade em relação a quem tem esse conhecimento.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Significa recusar deliberadamente obter informação e sentir ressentimento contra quem possui esse conhecimento. - Quando é apropriado usar esta expressão?
Usa‑se em tom crítico ou irónico para descrever ou censurar atitudes de ignorância voluntária; não é adequada em contextos formais. - É uma expressão ofensiva?
Pode ser, pois implica desprezo pelos que sabem; convém ter cuidado ao aplicá‑la directamente a pessoas.
Notas de uso
- Registro: coloquial e geralmente pejorativo; usado para criticar atitudes de ignorância voluntária.
- Tom: pode ser irónico, crítico ou sincero; frequentemente transmite desresponsabilização.
- Contexto: aparece em discussões sobre política, trabalho ou família quando alguém evita informação ou culpa os especialistas.
- Cuidado: frase potencialmente ofensiva para quem valoriza conhecimento; pode demonstrar anti‑intelectualismo.
Exemplos
- Quando se falou das medidas de segurança no trabalho, o chefe respondeu: «Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe», mostrando que não queria assumir responsabilidades.
- Na reunião familiar sobre saúde pública, ela declarou: «Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe», recusando ouvir explicações dos médicos e especialistas.
- Num tom irónico, ele disse: «Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe», para criticar colegas que ignoravam factos e culpavam quem avisava.
Variações Sinónimos
- Não quero saber
- Ignoro de propósito e critico quem sabe
- Não vou informar‑me e culpo os que sabem
- Prefiro não saber e detesto quem sabe
Relacionados
- O que os olhos não vêem, o coração não sente
- A ignorância é uma bênção
- Fingir que não sabe
Contrapontos
- Valor do conhecimento e da especialização para decisões informadas.
- Dever cívico de informar‑se sobre assuntos públicos importantes.
- A curiosidade e a educação como antídotos à desinformação e à manipulação.
- Consequências sociais e práticas da recusa intencional de informação (riscos, prejuízos).
Equivalentes
- inglês
I don't know, I don't want to know, and I'm angry at those who do. - espanhol
No sé, no quiero saber y le tengo rabia a quien sabe. - francês
Je ne sais pas, je ne veux pas savoir et je suis en colère contre ceux qui savent.