Não te metas em casa alheia; bate de fora e espera.
Conselho para respeitar os limites e a privacidade alheia: não te intrometas sem ser convidado e age com paciência.
Versão neutra
Não entres na casa de outro; bate à porta e espera que te convidem.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-o para aconselhar alguém a respeitar a privacidade ou a evitar intromissões em assuntos que não lhe dizem respeito; serve também como lembrete para pedir permissão antes de agir. - O provérbio implica que nunca devemos ajudar sem ser chamados?
Não necessariamente; refere-se sobretudo à etiqueta e à prudência. Em emergências ou quando há obrigação moral de intervir, a ação é justificada mesmo sem convite. - É considerado rude dizer isto a alguém?
Depende do tom e da situação. Pode soar censurador se usado de forma aguçada; em contexto de conselho ou humor, é geralmente aceitável.
Notas de uso
- Usa-se tanto no sentido literal (visitas, propriedades) como no sentido figurado (assuntos pessoais, decisões alheias).
- Transmite uma recomendação de cortesia e prudência: pedir permissão e aguardar é preferível a entrar de forma intrusiva.
- Pode ser dito de modo aconselhador ou censurador, dependendo do tom e do contexto social.
- Há exceções éticas: em situações de perigo ou emergência, intervir pode ser necessário apesar do provérbio.
Exemplos
- Quando queres dar opiniões sobre a relação de um amigo, lembra-te: não te metas em casa alheia; bate de fora e espera para ser chamado.
- Literalmente, se chegares à casa de alguém sem convite, não entres à força — bate à porta e espera que te abram.
- No escritório, antes de alterar o trabalho de um colega, aplica o provérbio: pede autorização e espera pela resposta.
Variações Sinónimos
- Não te metas onde não és chamado.
- Quem não é convidado não entra.
- Não vás onde não te chamam.
- Cada um na sua casa.
Relacionados
- Não faças aos outros o que não queres que te façam (regra de ouro)
- Cada um no seu quadrado (manter limites pessoais)
- Mente sã em corpo são (prudência e moderação)
Contrapontos
- Se alguém está em perigo, ficar à espera pode ser cúmplice; nesses casos é lícito e necessário intervir.
- Há situações em que a omissão prejudica terceiros; a prudência não deve servir de pretexto para indiferentismo.
- Em ambiente profissional, às vezes a iniciativa não solicitada é valorizada — contexto e cultura contam.
Equivalentes
- inglês
Mind your own business / Don't meddle in others' affairs. - espanhol
No te metas donde no te llaman. - francês
Occupe-toi de tes affaires. - alemão
Kümmere dich um deine eigenen Angelegenheiten.