Nas desventuras, mais pena dá o gosto do inimigo, que a própria
Dói mais ver o inimigo regozijar-se com a nossa má sorte do que a própria desgraça sofrida.
Versão neutra
Nas desventuras, dói mais ver o prazer do inimigo do que a própria desgraça.
Faqs
- O que significa exatamente este provérbio?
Significa que a humilhação de ver alguém que nos é adverso alegrar‑se com o nosso infortúnio costuma magoar mais do que o próprio acontecimento negativo. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer comentar o facto de uma perda ou falha ser agravada pelo prazer exterior de um rival ou inimigo; é apropriado em conversas informais e reflexões morais. - O provérbio incentiva a vingança?
Não. Descreve uma reação emocional comum, mas não a justifica; muitos usos saudáveis do provérbio servem para reconhecer o sentimento e optar por recuperar‑se em vez de retaliar.
Notas de uso
- Usa‑se para expressar que a humilhação ou a alegria do adversário perante um infortúnio é mais dolorosa que a perda em si.
- Registo: coloquial e moralizante; frequente em conversas e textos de reflexão popular.
- Pode aparecer em forma completa, acrescentando 'desgraça' ou 'desventura' no fim: '…que a própria desgraça'.
- Aviso: a frase reflecte uma reação emocional e não justifica comportamentos vingativos; serve tipicamente para comentar sentimentos.
Exemplos
- Perdendo o contrato, sentiu‑se mal, mas ainda pior foi ver o concorrente a festejar — nas desventuras, mais pena dá o gosto do inimigo que a própria desgraça.
- Quando a notícia se espalhou, ninguém ficou tão magoado quanto ela ao perceber que o rival sorria; é a confirmação prática de que o gozo do inimigo às vezes pesa mais que o infortúnio.
Variações Sinónimos
- Mais dói o regozijo do inimigo do que o próprio infortúnio.
- É mais penoso ver o inimigo alegrar‑se com a nossa queda do que a própria queda.
- A humilhação causada pelo prazer do inimigo é pior que a desgraça.
Relacionados
- Quem ri por último, ri melhor.
- Pior que a dor é a afronta.
- Há males que vêm por bem (contraponto optimista).
Contrapontos
- Perspectiva estoica: a atenção deve centrar‑se na recuperação e na aprendizagem, não na reação alheia; a alegria do inimigo não altera o facto.
- Algumas correntes éticas sugerem que ressentir‑se demasiado do gozo alheio prolonga o sofrimento e dá poder ao adversário.
Equivalentes
- inglês
In misfortunes, it hurts more to see an enemy's delight than the misfortune itself. - espanhol
En las desgracias, duele más el regocijo del enemigo que la propia desgracia. - francês
Dans les malheurs, il fait plus de peine de voir l'ennemi se réjouir que le mal lui‑même.