Nem mel, nem cabaça.
Ficar sem nenhuma das opções por recusar ou não decidir entre elas; perder ambas as hipóteses.
Versão neutra
Não fica com nenhuma das opções; acaba por perder ambas.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa-se para comentar situações em que alguém, por recusar opções ou por indecisão, acaba por não obter nenhuma delas. - Tem origem conhecida?
A origem é popular e não há registo seguro de autoria; é usado no português rural e urbano há muito tempo. - É apropriado em contextos formais?
É uma expressão coloquial; pode ser usada em texto jornalístico de carácter informal, mas em contextos muito formais é preferível uma formulação neutra.
Notas de uso
- Expressa o resultado de recusar duas alternativas ou de não conseguir nenhuma das opções pretendidas.
- Usado em contextos de decisão, negociação ou crítica a quem é demasiado exigente ou indeciso.
- Sugere consequência prática — perda total — mais do que apenas ambivalência.
- Pode empregar-se tanto em tom crítico como em tom descritivo, sem conotação violenta.
Exemplos
- O trabalhador fez exigências exageradas e a empresa retirou a oferta; agora ficou sem emprego nem compensação — nem mel, nem cabaça.
- Discutiram muito sobre qual dos móveis escolher e, ao adiar a compra, perderam a promoção: nem mel, nem cabaça.
- Quis pagar menos e rejeitou o acordo — no fim não levou nada: nem mel, nem cabaça.
- Ao recusar as duas propostas comerciais sem alternativa, a empresa perdeu os contratos — nem mel, nem cabaça.
Variações Sinónimos
- Nem carne nem peixe
- Nem isto nem aquilo
- Ficar com as mãos a abanar
- Perder as duas
Relacionados
- Quem tudo quer, tudo perde
- Quem não arrisca não petisca
- Ficar entre dois bancos
Contrapontos
- Mais vale péssimo conhecido do que bom por conhecer (preferir uma opção a ficar sem nada)
- Melhor só uma boa opção do que duas que não servem (às vezes recusar é prudente se as alternativas forem más)
Equivalentes
- Inglês
Caught between two stools / Neither fish nor fowl (dependendo do contexto) - Espanhol
Ni chicha ni limoná / Quedarse sin nada