Nem sempre o diabo está ao pé da porta.
Advertência para não presumir que o pior está sempre prestes a acontecer; nem sempre há perigo ou problema imediato.
Versão neutra
O perigo nem sempre está à porta.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para tranquilizar alguém que antecipa o pior sem provas ou para aconselhar calma e espera por informações confirmadas. Evite-o se existir risco demonstrado que exija ação. - O provérbio tem conotação religiosa?
Sim, a imagem do 'diabo' deriva da simbologia cristã, mas no uso corrente funciona como metáfora do perigo ou do infortúnio, sem necessariamente ter carga religiosa ativa. - É apropriado em contextos formais?
Normalmente não. Em contextos formais ou técnicos é preferível usar linguagem direta e baseada em factos; o provérbio é mais adequado à fala coloquial.
Notas de uso
- Usa-se para acalmar receios excessivos ou para avisar contra conclusões precipitadas baseadas em aparências.
- Tom: geralmente aconselhador ou tranquilizador; pode soar paternalista se usado para minimizar preocupações legítimas de outra pessoa.
- Contexto: apropriado em conversas informais, familiares ou em conselho prático. Menos adequado em contextos técnicos ou formais onde são necessários dados concretos.
- Não deve ser usado para desencorajar medidas de prevenção quando o risco é real e identificado.
Exemplos
- Quando ouviu rumores de despedimentos, ela respirou fundo e disse: «Nem sempre o diabo está ao pé da porta» — esperemos por informações oficiais antes de entrar em pânico.
- Depois do incidente na fábrica, o gerente lembrou a equipa: «Nem sempre o diabo está ao pé da porta», mas reforçou as inspeções para garantir que não havia risco real.
Variações Sinónimos
- O diabo não está sempre à porta.
- Nem sempre o perigo é iminente.
- Não faças tempestade num copo de água (uso relacionado: evitar exageros).
Relacionados
- Não faças tempestade num copo de água
- Não chores antes de estares aflito (uso semelhante: não antecipar problemas)
- Mais vale prevenir do que remediar (relacionado como contraponto prudente)
Contrapontos
- Em situações com risco comprovado, assumir que «o diabo não está à porta» pode ser negligente — é preferível agir com prevenção.
- «Nem sempre o diabo está ao pé da porta» não invalida a necessidade de vigilância em contextos de perigo real (saúde, segurança no trabalho, crises financeiras).
Equivalentes
- Inglês
The devil isn't always at the door (equivalente literal); expressões com sentido parecido: "Don't jump at shadows" / "Don't jump to conclusions". - Espanhol
No siempre está el diablo a la puerta. - Francês
Le diable n'est pas toujours à la porte. - Alemão
Der Teufel steht nicht immer vor der Tür.