Ninguém deve comer sem ter de quê.
Não se deve consumir ou gastar aquilo de que não se dispõe; viver dentro das próprias possibilidades.
Versão neutra
Ninguém deve consumir aquilo de que não dispõe / sem ter meios para isso.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que não se deve consumir, gastar ou apropriar‑se de algo quando não se tem meios, direito ou permissão para o fazer — é um aviso contra a imprudência financeira e o uso indevido de bens alheios. - Em que situações é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em conversas sobre finanças pessoais, educação económica, ou quando se quer advertir alguém que pretende gastar ou usar algo sem ter meios ou autorização. Deve ser usado com cuidado quando há necessidades básicas em jogo. - O provérbio é uma proibição moral absoluta?
Não necessariamente: trata‑se de um princípio de prudência e justiça. Em situações de emergência ou por razões éticas (ajuda a quem tem fome) a norma pode ser relativizada.
Notas de uso
- Usado para advertir contra viver acima das posses ou gastar sem ter meios para pagar.
- Pode aplicar‑se tanto a despesas pessoais como a uso indevido de recursos alheios (comer a comida de outrem, por exemplo).
- Em contextos modernos é frequentemente citado em lições de finanças pessoais e responsabilidade económica.
- Em situações de necessidade extrema (fome, emergência) o provérbio tende a ceder a considerações éticas ou humanitárias.
Exemplos
- O João queria comprar o carro mais caro que viu, mas a mãe lembrou‑lhe: ninguém deve comer sem ter de quê — primeiro poupa.
- Quando pediram emprestado o material da oficina sem avisar, o dono respondeu que ninguém deve comer sem ter de quê e recusou emprestar novamente.
Variações Sinónimos
- Não se deve gastar o que não se tem
- Viver dentro das próprias posses
- Não comer do prato alheio (no sentido de não usar o que não é teu)
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar
- Ter cuidados com as despesas
- Economia doméstica
Contrapontos
- Em casos de emergência humanitária, a prioridade é suprir necessidades básicas mesmo sem meios próprios.
- Algumas situações justificam endividamento planificado (investimento, crédito responsável) em vez de uma recusa absoluta ao consumo sem recursos.
- O provérbio pode ser usado para negar ajuda legítima a quem passa necessidade, o que levanta questões éticas sobre solidariedade.
Equivalentes
- Inglês
Don't spend money you don't have / Don't live beyond your means. - Espanhol
No hay que gastar lo que no se tiene. - Francês
Il ne faut pas dépenser ce que l'on n'a pas. - Alemão
Man soll nicht ausgeben, was man nicht hat. - Italiano
Non bisogna spendere ciò che non si ha.