Ninguém se deve rir de uma desgraça
Advertência moral para não zombar ou alegrar‑se perante o infortúnio alheio; promove a empatia e o respeito pela dor dos outros.
Versão neutra
Não se deve rir da desgraça alheia.
Faqs
- Quando é aceitável rir numa situação em que outra pessoa sofre um infortúnio?
Risos involuntários por nervosismo ou na sequência de absurdo podem ocorrer, mas é preferível procurar clarificar a intenção e oferecer ajuda; o provérbio alerta contra o gozo deliberado. - Como responder se alguém ri da desgraça de outra pessoa?
Intervir calmamente, apontando que a situação é séria e sugerindo compaixão; se for repetido, distanciar‑se ou reportar em contextos profissionais/escolares. - Este provérbio é uma regra moral absoluta?
É uma norma ética geral que promove empatia; como qualquer saber prático, admite exceções contextuais (p. ex. justiça poética, sátira) e nuances psicológicas. - O que dizer em alternativa a alguém que sofreu uma desgraça?
Oferecer apoio prático e verbal: "Lamento, está tudo bem? Posso ajudar em alguma coisa?" em vez de comentários jocosos.
Notas de uso
- Usado como repreensão quando alguém demonstra gozo ou indiferença perante a má sorte de outrem.
- Tom geralmente moralizante e aconselhador; frequente em contextos familiares, escolares e religiosos.
- Pode ser aplicado de forma literal (riso face a sofrimento) ou figurada (alegria por perdas materiais ou sociais de terceiros).
- Em registos irónicos ou satíricos pode aparecer invertido para criticar hipocrisia.
Exemplos
- Quando o colega teve um problema com o telemóvel, ela agiu com compaixão em vez de rir; ninguém se deve rir de uma desgraça.
- No piso da escola, os professores lembraram aos alunos que não se deve rir de uma desgraça e explicaram como oferecer ajuda.
- Ao ver o desemprego do vizinho como oportunidade de chacota, João foi corrigido por um amigo: 'não se deve rir da desgraça alheia'.
Variações Sinónimos
- Não se deve rir da desgraça alheia.
- Não te alegres com a desgraça de outrem.
- Não festejes o infortúnio do outro.
- Não gozes com a má sorte alheia.
Relacionados
- Não te alegres quando o teu inimigo cair (sentido bíblico/ético semelhante)
- A compaixão é melhor do que o desprezo (princípio ético próximo)
- Empatia e solidariedade como valores sociais
Contrapontos
- Rir pode ser uma reação nervosa ou mecanismo de defesa quando alguém presencia uma situação embaraçosa, não necessariamente gozo malicioso.
- Em alguns contextos (por exemplo justiça poética ou quando a pessoa causou deliberadamente o seu próprio dano) há quem considere o riso justificável.
- No teatro, cinema ou sátira, reproduzir risos sobre infortúnios pode servir fins críticos ou artísticos, distinta da zombaria direta.
Equivalentes
- English
Don't laugh at someone else's misfortune. - Español
No te rías de la desgracia ajena. - Français
Il ne faut pas se moquer du malheur d'autrui. - Deutsch
Man sollte sich nicht über das Unglück anderer lustig machen.