Num volver de olhos ao mau vento, volve-lhe o capelo.

Num volver de olhos ao mau vento, volve-lhe o cape ... Num volver de olhos ao mau vento, volve-lhe o capelo.

Alerta para não se procurar ou provocar situações adversas: se te expões ao perigo, sofrerás as consequências.

Versão neutra

Ao virar-se para o mau vento, o chapéu voa.

Faqs

  • Qual é a origem deste provérbio?
    A origem exacta é desconhecida; trata-se de uma expressão popular com tom regional e de antanho, que usa a imagem do vento e do chapéu para ilustrar risco e consequência.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Use-o para advertir alguém contra actos imprudentes que possam atrair prejuízo evitável, preferivelmente em contextos informais ou coloquiais.
  • O provérbio desencoraja sempre a assumir riscos?
    Não necessariamente. A intenção é alertar para riscos evitáveis; em decisões ponderadas ou causas justas, assumir risco pode ser justificado.

Notas de uso

  • Usa-se para aconselhar prudência e evitar atitudes que possam atrair problemas evitáveis.
  • Frequentemente emprega-se de modo figurado — não apenas relacionado a vento ou chapéus, mas a qualquer risco evitável.
  • Tonalidade: avisadora; pode ser usada de forma paternalista ou jocosa, conforme o contexto.
  • É mais adequada em contexto informal ou familiar; em registos formais prefere-se linguagem direta sobre risco.

Exemplos

  • Se saíres com tão pouco cuidado num bairro perigoso, num volver de olhos ao mau vento, volve-te o capelo — podes perder o telemóvel ou ser assaltado.
  • Não faças comentários para provocar o chefe; num volver de olhos ao mau vento, volve-lhe o capelo — arriscas-te a ser repreendido.
  • Quando decides investir sem informação, lembra-te do provérbio: num volver de olhos ao mau vento, volve-lhe o capelo — não faças movimentos precipitados.

Variações Sinónimos

  • Quem se vira ao mau vento, perde o chapéu.
  • Vira-te ao vento contrário e o chapéu voa.
  • Quem chama o infortúnio, vê-o chegar.

Relacionados

  • Quem brinca com fogo acaba queimado.
  • Não provques o destino.
  • Quem semeia ventos colhe tempestades.
  • Quem dá sopa ao diabo, perde a colher.

Contrapontos

  • Nem toda a exposição ao risco é negativa: há situações (como defender alguém ou assumir um risco calculado) em que enfrentar o 'mau vento' é necessário.
  • O provérbio recomenda cautela, mas não deve ser usado para dissuadir sempre da mudança ou da coragem — avaliar contexto e benefícios é essencial.

Equivalentes

  • Inglês (literal)
    At the turn of an eye to the ill wind, his hat is blown off.
  • Inglês (idiomático)
    Don't tempt fate.
  • Espanhol (idiomático)
    No tientes a la suerte.