Nunca falta rei que nos governe, nem Papa que nos excomungue

Nunca falta rei que nos governe, nem Papa que nos  ... Nunca falta rei que nos governe, nem Papa que nos excomungue

Expressa a ideia de que haverá sempre autoridade ou crítica contra a qual nos sujeitamos; uma afirmação de inevitabilidade da governação e da censura/repreensão.

Versão neutra

Sempre haverá quem nos governe e quem nos condene ou critique publicamente.

Faqs

  • Qual é a ideia principal deste provérbio?
    Que é praticamente inevitável existir alguém com autoridade para governar e alguém com poder moral ou formal para censurar; implica resignação face a isso.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Quando se quer exprimir ironia ou resignação perante decisões alheias, críticas públicas ou situações sobre as quais se tem pouco controlo.
  • O provérbio é ofensivo por mencionar o Papa e o rei?
    Não é intrinsecamente ofensivo — trata-se de linguagem proverbial. Contudo, em contextos religiosos ou politicamente sensíveis convém usá‑lo com cuidado.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não há uma origem precisa identificada aqui; a fórmula remete para sociedades em que monarquia e Igreja tinham grande autoridade, pelo que é antiga na tradição ibérica.

Notas de uso

  • Tom resignado ou irónico: usado para comentar que há sempre alguém com poder para mandar ou para censurar.
  • Aplicável a contextos políticos, institucionais ou mesmo relações de trabalho e sociais, quando se quer sublinhar falta de controlo pessoal.
  • Registo coloquial a neutro; pode soar antigo ou crítico se usado em contexto que invoque directamente a Igreja ou a Monarquia.
  • Cautela: numa comunicação sensível, referências a "Papa" ou "rei" podem ser entendidas como comentário sobre religião ou forma de governo.

Exemplos

  • Depois da nova lei, o Miguel comentou: «Nunca falta rei que nos governe, nem Papa que nos excomungue» — resignando-se perante decisões que não podia influenciar.
  • No escritório, quando propôs uma solução fora da caixa, alguém retrucou: «Isto não é aceitável»; ela suspirou e disse para si mesma: «Nunca falta rei que nos governe, nem Papa que nos excomungue».
  • Ao ver mais uma crítica nas redes sociais, Marta disse: «Há sempre quem nos julgue — nunca falta rei que nos governe, nem Papa que nos excomungue.»

Variações Sinónimos

  • Nunca falta quem nos mande nem quem nos condene.
  • Há sempre quem governe e quem nos critique.
  • Sempre haverá alguém para mandar e alguém para censurar.

Relacionados

  • Há sempre alguém que manda
  • Quem está no poder decide
  • Há sempre julgadores

Contrapontos

  • Em democracias contemporâneas, os cidadãos eleitos e as instituições podem ser responsabilizados e alterados por via do voto.
  • A separação entre Estado e Igreja limita hoje a capacidade de sanções religiosas formais como a excomunhão no domínio público.
  • A ação individual e a mobilização coletiva podem reduzir a sensação de inevitabilidade perante autoridades e críticas.

Equivalentes

  • es
    Nunca falta rey que nos gobierne, ni Papa que nos excomulgue.
  • en
    There will always be a king to govern us and a pope to excommunicate us. (literal) — conveys the inevitability of rulers and critics.
  • la
    Semper erit rex qui nos regat et papa qui nos excommunicet. (tradução literal)