Nunca se vence um perigo sem outro

Nunca se vence um perigo sem outro.

Alerta para a tendência de os problemas ou perigos surgirem em sequência: resolver um conduz frequentemente ao aparecimento de outro.

Versão neutra

É raro enfrentar um perigo sem que surja outro.

Qual é o sentido principal deste provérbio?
Significa que os perigos ou problemas tendem a surgir em sequência, de modo que a resolução de um pode revelar ou gerar outro.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer descrever ou comentar uma situação em que dificuldades se acumulam ou aparecem sucessivamente, servindo de aviso para cautela e planeamento.
É um provérbio pessimista?
Pode soar pessimista, mas também funciona como um lembrete prático para antecipar consequências e preparar medidas de mitigação.
Tem origem conhecida?
Não há origem específica fornecida; trata‑se de uma ideia comum a várias línguas e culturas que reconhecem a sequência de infortúnios.
Pode ser usado em contextos técnicos ou profissionais?
Sim. Em gestão de riscos, engenharia, medicina ou finanças é útil para sublinhar a importância de avaliar efeitos secundários e sequências de problemas.

Usa‑se para comentar situações em que os problemas se sucedem ou se acumulam.
Tom: geralmente cauteloso ou resignado; pode transmitir pessimismo se usado isoladamente.
Contextos: conversa quotidiana, relatos históricos, comentários sobre crises (económicas, naturais, técnicas).
Registo: adequado tanto em família e entre amigos como em textos jornalísticos ou analíticos, desde que se pretenda realçar sequência de dificuldades.
Não implica necessariamente fatalismo — pode servir também como aviso para planear contingências.

Quando resolveram o problema da canalização na fábrica, descobriram outro perigo: os produtos armazenados já tinham sido contaminados.
Depois da tempestade que deixou a estrada intransitável, surgiu outro perigo: as linhas eléctricas danificadas tornavam a zona insegura para os socorristas.
Numa auditoria financeira, corrigiram um desfalque e encontraram irregularidades noutras contas — prova viva de que nunca se vence um perigo sem outro.

Mais vale prevenir do que remediar (relação com prevenção de riscos).
Depois da tempestade vem a bonança (contraponto optimista).
Quem semeia ventos, colhe tempestades (causalidade entre acções e consequências).

Nem sempre um problema traz outro — por vezes a resolução de um perigo elimina riscos subsequentes.
A boa gestão e a prevenção podem interromper cadeias de falhas; não é inevitável que os perigos se sucedam.
Vencer um perigo pode fortalecer capacidades e reduzir a probabilidade de novos perigos.