Nunca se perde o bem-fazer.
Os actos de bondade e as boas acções não se perdem: têm efeitos duradouros, directos ou indirectos, mesmo que não sejam imediatamente recompensados.
Versão neutra
O bem que se faz não se perde.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que os actos de bondade e as boas acções produzem efeitos duradouros — directos ou indirectos — e, portanto, não são inúteis ou desperdiçados. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em contextos onde se quer incentivar a generosidade, confortar alguém que não recebeu reconhecimento imediato, ou sublinhar o valor moral das acções positivas. - É um provérbio religioso?
Não necessariamente. Embora possa ser usado em contextos religiosos, é sobretudo uma máxima ética e social que valoriza o comportamento altruísta. - Deve ser usado para justificar qualquer acto de bondade, mesmo sem pensar nas consequências?
Não. O provérbio ressalta o valor do bem agir, mas não substitui a necessidade de ponderar consequências, segurança e eficácia das acções.
Notas de uso
- Emprega-se para encorajar ou justificar actos de generosidade e ajuda, realçando o valor intrínseco do bem agir.
- Tom geralmente moral ou consolador; adequado em conversas pessoais, aulas, discursos sociais ou escritos de carácter ético.
- Não garante recompensa material imediata nem resolve problemas estruturais; não deve ser usado para minimizar injustiças sistémicas.
- Pode ser citado para reforçar hábitos de cooperação e persistência em projectos de voluntariado ou trabalho comunitário.
Exemplos
- Mesmo que ninguém agradeça agora, ajuda os outros — nunca se perde o bem-fazer.
- Depois de anos a orientar jovens, a professora repetia: 'Nunca se perde o bem-fazer', lembrando que os gestos têm impacto a longo prazo.
- Ao doar parte do salário para a associação local, disse a si própria que fazer o bem nunca se perde, mesmo que os resultados não sejam imediatos.
Variações Sinónimos
- O bem que se faz permanece.
- Fazer o bem não se perde.
- As boas acções ficam, mesmo que invisíveis.
- Quem faz o bem colhe bem, de alguma forma.
Relacionados
- Quem semeia bem colhe bem
- Mais vale dar do que receber
- A bondade gera bondade
Contrapontos
- De boas intenções está o inferno cheio — alerta que intenções sem acção ou mal planeadas podem não ter efeito positivo.
- Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe — lembra a impermanência e limitações das acções.
- Nem sempre o bem que se faz é reconhecido ou recompensado — perspectiva mais cínica sobre reciprocidade.
Equivalentes
- inglês
A good deed is never lost. - espanhol
Nunca se pierde el bien que se hace. - francês
Le bien fait ne se perd jamais. - latim (tradução livre)
Facta bona non pereunt.