O bom-bocado não é para quem o faz.
Diz que quem produz, cria ou sacrifica-se nem sempre é quem usufrui das melhores recompensas.
Versão neutra
Quem faz o trabalho nem sempre recebe os melhores proveitos.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Significa que quem realiza um trabalho ou faz um sacrifÃcio nem sempre é quem obtém os melhores benefÃcios desse esforço. - Quando é apropriado usá-lo?
Quando se descreve uma situação em que o resultado ou lucro vai para terceiros ou para quem contratou/financiou, e não para quem trabalhou. - Tem conotação negativa?
Geralmente tem tom crÃtico ou resignado; pode servir tanto para lamentar injustiças como para constatar uma realidade social. - É um provérbio de uso corrente em Portugal?
Não é dos mais comuns, mas a ideia que expressa está presente em muitos provérbios e ditos populares portugueses.
Notas de uso
- Usa-se para comentar situações em que o autor ou trabalhador não beneficia do resultado do seu esforço.
- Tem tom observacional; pode implicar crÃtica social ou resignação, dependendo do contexto.
- Adequado em análises de trabalho, produção artÃstica, sacrifÃcios familiares ou relações comerciais.
Exemplos
- O João passou meses a preparar o projeto, mas a venda da ideia rendeu-se a um investidor — o bom-bocado não é para quem o faz.
- Naquelas pequenas oficinas, os donos vendem as peças e os operários pouco vêem; é o bom-bocado não ser para quem o faz.
Variações Sinónimos
- Quem faz não é quem usufrui.
- Quem produz nem sempre come do fruto do seu trabalho.
- O fruto vai para outros, não para quem o cultivou.
Relacionados
- Em casa de ferreiro, espeto de pau.
- O padre diz missa e não reza por si.
- O sapateiro tem os filhos descalços (variante de provérbio similar).
Contrapontos
- Quem semeia, colhe.
- Quem trabalha, merece recompensa.
Equivalentes
- inglês
The cobbler's children go barefoot. - espanhol
En casa del herrero, cuchillo de palo. - francês
Les cordonniers sont toujours les plus mal chaussés.