O bocado não é para quem o faz, e, sim, para quem o logra.
O bocado não é para quem o faz, e, sim, para quem o logra.
A recompensa ou vantagem nem sempre cabe a quem trabalhou; pertence a quem a consegue obter, por habilidade, oportunidade ou astúcia.
Versão neutra
A recompensa não pertence necessariamente a quem a fez, mas a quem a conseguiu obter.
Faqs
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando se quer chamar a atenção para a diferença entre esforço e resultado, especialmente em situações em que a iniciativa, a estratégia ou a sorte determinam quem recebe a recompensa.
Tem conotação negativa? Pode ter. É frequentemente usado de forma cínica para lamentar injustiças, mas também apenas descreve, de forma neutra, que obter resultado depende de mais do que trabalho.
É um provérbio de uso formal? É mais comum em registo coloquial e em comentários críticos sobre situações práticas; pode surgir em textos jornalísticos ou crónicas com tom popular.
Notas de uso
Usa-se para sublinhar que esforço e mérito praticado não garantem posse ou recompensa final.
Tem conotação realista e, por vezes, cínica — destaca resultados em vez de intenções.
Aparece em contextos profissionais, negociais e sociais em que entra a disputa por benefícios ou oportunidades.
Não implica necessariamente que o merecedor seja imoral; pode valorizar iniciativa, timing e capacidade de executar.
Exemplos
Naquela empresa, quem apresentou a ideia nem sempre recebeu o bónus — o bocado não é para quem o faz, mas para quem o logra.
O artesão trabalhou meses na peça, mas foi outro que a vendeu a um coleccionador; o provérbio aplica-se bem aqui.
Variações Sinónimos
O bocado é para quem o logra, não para quem o faz
O fruto não é de quem trabalha, mas de quem o consegue
Nem sempre o trabalho garante o bocado
Relacionados
Quem não chora não mama (aproveitar oportunidades)
A ocasião faz o ladrão (oportunidade e ação)
Mais vale quem faz do que quem promete (valorização da execução)
Contrapontos
A recompensa deve seguir o esforço — defesa da justiça meritocrática.
Valoriza-se também a ética: nem tudo o que se logra é legítimo ou justo.
Algumas instituições garantem reconhecimento ao trabalho independentemente do resultado imediato.
Equivalentes
inglês The reward doesn't always go to the one who made it, but to the one who manages to get it.
espanhol El bocado no es para quien lo hace, sino para quien lo logra.
francês La récompense n'est pas toujours pour celui qui la crée, mais pour celui qui sait l'obtenir.
alemão Die Belohnung fällt nicht immer dem zu, der sie schafft, sondern dem, der sie erreicht.
italiano Il boccone non va a chi lo prepara, ma a chi riesce ad ottenerlo.