O bom da verdade não admite suspeita.
Quando algo é genuinamente verdadeiro ou justo, não cria razões legítimas para suspeita.
Versão neutra
O que é genuíno não suscita suspeitas.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer sublinhar que a evidência ou a conduta clara e honesta torna desnecessária a desconfiança; típico em debates sobre integridade ou quando se apresenta prova convincente. - Significa isto que não é preciso provar algo que se diz ser verdadeiro?
Não. O provérbio é retórico: defende que a verdade devia dispensar suspeitas, mas na prática continuam a ser necessárias provas e transparência para convencer terceiros. - É sinónimo de 'quem nada deve, nada teme'?
Estão relacionados, pois ambos ligam ausência de culpa à ausência de medo ou suspeita, mas não são idênticos: o original foca a própria verdade/qualidade como dissuasora de suspeitas.
Notas de uso
- Emprega‑se para defender a transparência ou a integridade de uma pessoa, acto ou prova.
- Funciona como argumento retórico: assume que a verdade é autoevidente e dispensa defesa prolongada.
- Não deve ser tomado como prova lógica absoluta — a perceção pública e a apresentação de factos influenciam julgamentos.
- Adequado em contextos morais, jurídicos e sociais para sublinhar confiança; menos apropriado quando falta evidência concreta.
Exemplos
- Quando lhe pediram explicações, apresentou documentos claros e o bom da verdade não admitiu suspeita: a sua inocência ficou comprovada.
- Numa reunião sobre qualidade, o produto foi examinado e, pelo controlo rigoroso, constatou‑se que o bom da verdade não admitia suspeita quanto aos padrões anunciados.
- O candidato respondeu às perguntas com transparência; muitos concordaram que, com essa postura, o bom da verdade não admitia suspeita.
- Mesmo após rumores, a auditora mostrou registos íntegros e provou que o bom da verdade não admitia suspeita.
Variações Sinónimos
- Quem nada deve, nada teme.
- O inocente não precisa de medo.
- A verdade não se esconde.
- O que é claro não gera dúvida.
Relacionados
- Transparência
- Presunção de inocência
- Provas documentais
- Boa fé
Contrapontos
- A perceção pública pode gerar suspeitas mesmo quando a verdade existe; a forma de apresentação é relevante.
- Existem casos em que factos verdadeiros são mal interpretados, levando a suspeitas injustas — o provérbio simplifica uma relação complexa entre verdade e confiança.
- Não substitui a necessidade de verificação: mesmo uma verdade pode precisar de ser demonstrada em tribunal ou por evidência.
- Segredos legítimos (por exemplo, sigilo profissional) podem gerar suspeita sem que haja má fé.
Equivalentes
- inglês
Truth needs no defence. - espanhol
La verdad no admite sospecha. - francês
La vérité n'a pas besoin d'être suspectée. - alemão
Die Wahrheit bedarf keines Verdachts.