A pessoa que dá conselhos nem sempre suporta os custos ou consequências das decisões; quem paga assume o risco e a responsabilidade final.
Versão neutra
Quem dá conselhos pode não ser o mesmo que suportará os custos ou riscos da decisão.
Faqs
O provérbio é uma crítica ao conselheiro? Nem sempre. Mais do que criticar a pessoa que aconselha, o provérbio chama a atenção para a diferença entre opinar e assumir custos ou riscos.
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando se quer sublinhar que a decisão final deve ser tomada por quem suporta financeiramente ou na prática as consequências, por exemplo em decisões de investimento, obras ou compromissos legais.
Aplicar o provérbio significa ignorar conselhos externos? Não necessariamente. Significa avaliá‑los criticamente, tendo em conta quem os dá, os interesses envolvidos e quem arcará com os resultados.
Notas de uso
Usa-se para lembrar que é preciso ponderar conselhos quando quem aconselha não arca com as consequências financeiras ou práticas.
Aparece frequentemente em contextos de família, finanças, negócios e política, quando decisões envolvem custos.
Não implica que o conselho seja inútil, apenas sublinha a diferença entre dar opinião e assumir responsabilidade.
Pode ser usado para justificar que a decisão final pertence a quem vai suportar o custo.
Exemplos
O tio deu-nos muitas ideias para a reforma da casa, mas lembrem‑se: o conselheiro não é quem paga — a decisão final cabe-vos a vocês, que vão investir o dinheiro.
Na reunião, vários gestores sugeriram alargar o projeto, mas eu avisei: o conselheiro não é quem paga; se algo correr mal, somos nós que pagamos as consequências.
Variações Sinónimos
Quem paga manda
Conselhos não pagam contas
Aconselhar é fácil quando não se paga
Conselhos fáceis, custos pesados
Relacionados
Quem paga manda
Aconselhar é fácil, fazer é que custa
Cada um sabe das suas contas
Contrapontos
Nem sempre o conselheiro está desinteressado: há situações em que quem aconselha também tem participação e responsabilidade moral.
Conselhos de terceiros podem ser valiosos mesmo que eles não arquem com os custos; rejeitá‑los apenas por isso pode ser um erro.
Há casos em que o aconselhamento tem custos implícitos (reputacionais, legais) que também atingem o conselheiro.