Os bons comportam-se por amor; os maus comportam-se por medo. Contrasta motivações positivas e negativas para o comportamento.
Versão neutra
O que modera a conduta dos bons é o amor; o que modera a dos maus é o medo.
Faqs
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando se quer contrastar motivações diferentes para o comportamento humano — especialmente para defender abordagens baseadas no afecto em vez da coerção.
O que significa exactamente 'freio' neste contexto? ‘Freio’ funciona como metáfora para aquilo que modera ou controla o comportamento: disciplina, motivação ou restrição.
É um provérbio antiquado ou ainda relevante hoje? Mantém-se relevante como observação ética e prática sobre motivações humanas, embora deva ser aplicada com nuance e sem simplificações deterministas.
Notas de uso
Usa-se para contrastar formas de motivação: a influência positiva (amor, afeto, respeito) versus a influência coerciva (medo, ameaças).
Tem um tom moral e descritivo — não é um relatório científico; aplica-se sobretudo em contextos éticos, pedagógicos ou disciplinares.
Evita rotular pessoas de 'bom' ou 'mau' de forma simplista; serve melhor para discutir forças motivacionais do comportamento.
Pode aparecer em discursos sobre educação, liderança, justiça e relações interpessoais para defender abordagens baseadas no afecto.
Exemplos
Num debate sobre métodos de ensino, a directora argumentou: «O freio do bom é o amor, e do mau o temor» — por isso devemos privilegiar a confiança e o apoio em vez da intimidação.
Ao orientar os voluntários, o coordenador lembrou que inspirar compromisso funciona melhor do que ameaçar consequências: «o freio do bom é o amor, e do mau o temor».
Variações Sinónimos
O amor domina o justo; o medo domina o culpado.
Quem age por amor não precisa de correntes; quem age por medo precisa de freios.
O afecto serve de freio ao virtuoso; a ameaça serve de freio ao criminoso.
Relacionados
O medo é um péssimo conselheiro (contraste sobre eficácia do medo).
Quem ama, ensina (sobre educação pelo afecto).
Ameaças criam obediência, não lealdade (observação sociopsicológica).
Contrapontos
Do ponto de vista psicológico, o medo pode produzir conformidade imediata, mas raramente internaliza valores; o amor tende a criar motivação intrínseca e compromisso duradouro.
Em situações de segurança pública, a dissuasão pelo temor (penas, sanções) pode ser necessária para proteção coletiva — o provérbio não invalida essa função prática do medo.
Excesso de afecto ou permissividade também pode falhar em conter comportamentos prejudiciais; equilíbrio entre apoio e limites é frequentemente recomendado.
Equivalentes
inglês The bridle of the good is love, and of the wicked fear.
espanhol El freno del bueno es el amor, y del malo el temor.
francês Le frein du bon est l'amour, et du méchant la crainte.
alemão Die Zügel des Guten sind die Liebe, des Bösen die Furcht.