O mar, que é mar, nem sempre dá; hoje não há, amanhã haverá.
As oportunidades e recursos variam com o tempo; a falta de hoje não garante que amanhã também falte — apelo à paciência e à esperança.
Versão neutra
As condições variam; o que falta hoje pode haver amanhã.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Significa que as circunstâncias oscilam: a falta hoje não implica ausência permanente; é um apelo à paciência e à esperança. - Qual é a origem desta expressão?
É um provérbio popular ligado às comunidades piscatórias, resultado da observação de que a pesca e outros recursos naturais variam com o tempo. - Quando devo usar este provérbio?
Utiliza‑o para consolar alguém após um insucesso temporário ou para lembrar que situações adversas podem melhorar; evita‑o como justificativa única para não agir. - Há algum perigo em aplicar este conselho literalmente?
Sim: confiar apenas na mudança natural das circunstâncias pode ser arriscado. Em muitos casos é necessário agir, diversificar ou procurar apoio.
Notas de uso
- Usa‑se para consolar alguém que teve um insucesso momentâneo ou para lembrar que as circunstâncias mudam.
- Tem origem em observações sobre a pesca: nem sempre o mar dá peixe; há dias de abundância e dias de escassez.
- Pode implicar tanto esperança passiva (esperar que as coisas melhorem) como um conselho a manter a perseverança e a preparação.
- Não deve ser interpretado como incentivo a ignorar riscos ou a não planear; a expressão refere tendência, não garantia.
Exemplos
- Depois de uma semana sem vendas, o gerente lembrou a equipa: «O mar, que é mar, nem sempre dá; hoje não há, amanhã haverá», e propuseram novas estratégias.
- O pescador sorriu e disse aos mais novos: «Não se preocupem com a falta hoje — o mar tem dias; hoje não há, amanhã haverá.»
- Mesmo após o projeto ter sido recusado, ela repetiu o provérbio para se manter optimista e procurar outras oportunidades.
- Quando todos se queixavam da seca, um agricultor recordou: «O mar, que é mar…» para sublinhar que os ciclos naturais mudam.
Variações Sinónimos
- A maré baixa precede a maré alta.
- Não há mal que sempre dure.
- Tudo tem o seu tempo.
- A maré muda.
Relacionados
- Depois da tempestade vem a bonança.
- Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe.
- Quem espera sempre alcança (uso mais moderno e crítico).
Contrapontos
- Nem sempre a esperança é suficiente: em situações graves convém planear e adaptar em vez de apenas esperar.
- Algumas carências prolongadas exigem intervenção activa (política, económica ou social), não apenas paciência.
- O provérbio descreve uma tendência natural; não garante que a situação melhore sem ação.
Equivalentes
- inglês
The tide will turn / This too shall pass - espanhol
La mar no siempre da / Todo pasa, nada es para siempre - francês
Après la pluie, le beau temps - italiano
Dopo la tempesta viene la bonaccia