O opulento, de primos, tem mais de cento.

A riqueza faz surgir ou revelar muitos parentes e pedidos de ajuda; quem é rico tende a descobrir mais familiares ou 'primos' interessados.

Versão neutra

Quem é rico vê aparecer muitos primos.

Quando se usa este provérbio?
Usa-se para comentar situações em que a prosperidade ou herança fazem surgir parentes ou conhecidos com pedidos de apoio, geralmente com tom crítico ou jocoso.
É ofensivo dizer isto sobre alguém?
Não é necessariamente ofensivo: é uma observação geral sobre comportamentos sociais. Contudo, pode ferir se aplicado a situações específicas de forma acusatória.
Tem equivalentes noutras línguas?
Sim. Em espanhol há a forma popular «Al rico le salen parientes»; em inglês existem formulações semelhantes que destacam como a riqueza atrai relações interessadas.

Registo informal e proverbiais; usado para comentar situações em que a prosperidade atrai familiares ou conhecidos com pedidos de apoio.
Conotação crítica ou bem-humorada: aponta para as consequências sociais da riqueza (obrigações, favores, oportunismo).
Pode ser usado de forma literal (muitos parentes reais) ou figurada (aparência de parentesco/interesse).
Evitar usar de modo a denegrir grupos familiares concretos; trata-se de observação social generalizada, não de juízo sobre indivíduos.

Depois de herdar a fortuna, João encontrou várias pessoas a insistirem em visitas e pedidos — como se diz, «O opulento, de primos, tem mais de cento.»
Quando Maria abriu o negócio e começou a lucrar, notou que apareciam muitos familiares a pedir ajuda; é o caso clássico de que «quem é rico vê aparecer muitos primos.»

Ter muitos parentes não garante apoio efectivo em momentos difíceis.
A riqueza pode também afastar afetos verdadeiros e provocar conflitos familiares.
Nem toda a atenção recebida por um rico é interesseira; há relações genuínas que persistem.