Em um se castigam cento.

Muitos sofrem as consequências ou são punidos por causa do acto de uma só pessoa.

Versão neutra

Vários são punidos por causa de um só.

Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para criticar ou apontar injustiças em que a culpa ou a punição é estendida a muitas pessoas por causa das acções de uma só.
É aceitável aplicar este provérbio em contexto jurídico?
É apropriado como comentário crítico sobre práticas injustas, mas não como argumento jurídico: no direito moderno privilegia‑se a responsabilidade individual e provas.
Este provérbio justifica a impunidade de quem comete a falta?
Não; o provérbio descreve uma injustiça colectiva, não aponta que o culpado deva ficar impune. Serve para denunciar o efeito nocivo de punir inocentes.

Usa‑se para criticar situações em que a responsabilidade individual é transformada em punição colectiva.
Tom geralmente crítico ou desaprovador; empregado para denunciar arbitrariedades ou excessos disciplinares.
Não deve ser usado para justificar de forma acrítica a impunidade individual nem para promover vingança; antes como observação sobre injustiça.
Registo: popular e proverbial; adequado em textos opinativos, comentários sociais ou conversas informais.

Quando a direcção fechou a fábrica por erros de um supervisor, os trabalhadores lembraram: em um se castigam cento.
Numa guerra, civis inocentes acabam por sofrer colectivamente — o provérbio aplica‑se bem: em um se castigam cento.

Castiga‑se um para dar exemplo aos outros (frase com sentido próximo: punição exemplar).
Culpa colectiva (no sentido sociológico/político).
Punição por associação (expressão contemporânea com sentido afim).

Princípio da responsabilidade individual: cada pessoa deve responder pelos seus próprios actos, não outros por ela.
Direitos humanos e legais modernos condenam a punição colectiva como injusta e contraproducente.
Punição colectiva tende a gerar ressentimento e a agravar conflitos, em vez de corrigir comportamentos individuais.