Afirma que pessoas com poucos recursos económicos tendem a não dispor de meios ou tempo para actividades de lazer, sublinhando uma desigualdade social.
Versão neutra
Pessoas com baixos rendimentos têm, frequentemente, menos acesso a actividades de lazer.
Faqs
O que quer dizer este provérbio? Que a pobreza limita o acesso a actividades de lazer, por falta de meios financeiros ou de tempo livre, evidenciando uma desigualdade social.
É sempre verdade que os pobres não têm lazer? Não é absoluto: muitas pessoas com poucos rendimentos participam em actividades de lazer de baixo custo ou comunitárias. O provérbio generaliza uma tendência, não define todos os casos.
Quando é adequado usar este provérbio? Ao tratar de temas como exclusão social, cortes em apoios culturais ou falta de políticas de acesso; deve evitar‑se em contextos que possam estigmatizar indivíduos.
Notas de uso
Registo: coloquial e crítico; usado em comentários sociais e políticos.
Sentido: generalizador — refere-se a efeitos da pobreza sobre o acesso ao lazer, não a uma característica universal de todos os pobres.
Contextos apropriados: análises de desigualdade, debates sobre políticas culturais e sociais, crítica a cortes no apoio social.
Precaução: evita‑se usar como justificação moralizadora ou estigmatizante contra pessoas em situação de pobreza.
Exemplos
Ao discutir o orçamento municipal para cultura, a vereadora observou: «O pobre não tem lazer; se retirarmos os programas gratuitos, muitos nunca usufruirão dessas actividades».
Num debate sobre tempos de trabalho, o jornalista comentou: «O pobre não tem lazer — longas jornadas e baixos salários deixam pouco tempo para descanso e convívio».
A ONG usou o provérbio para ilustrar uma campanha: «O pobre não tem lazer. Precisamos de espaços e actividades acessíveis para todas as comunidades».
Variações Sinónimos
O pobre não tem divertimento
Quem é pobre não tem tempo para lazer
A pobreza prende o tempo de lazer
Relacionados
desigualdade económica
acesso à cultura
políticas sociais
tempo livre e trabalho precário
Contrapontos
Nem todas as pessoas com baixos rendimentos ficam privadas de todas as formas de lazer; existem actividades de baixo custo e redes comunitárias.
O acesso ao lazer depende também do tempo livre e das responsabilidades familiares, não apenas do dinheiro.
As políticas públicas podem mitigar essa lacuna oferecendo opções gratuitas ou subsidiadas.