O pródigo e o bebedor de vinho nunca têm casa nem moinho.
Advertência moral de que a pessoa que gasta ou bebe em excesso acaba por perder bens e estabilidade.
Versão neutra
Quem gasta e bebe em excesso acaba por não ter casa nem meios.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio numa frase curta?
Que quem vive de forma esbanjadora ou com consumo excessivo acaba por perder bens e segurança material. - É adequado usá-lo para falar sobre alguém com dependência de álcool?
Deve-se ter cuidado: o provérbio generaliza e atribui responsabilidade total ao indivíduo, ignorando factores de saúde e sociais; para dependência, é preferível uma abordagem empática e informada. - Ainda é relevante hoje em dia?
Sim, continua a ser usado para advertir contra o desperdício e consumo excessivo, mas a sua aplicação exige sensibilidade às circunstâncias económicas e pessoais.
Notas de uso
- Registo tradicional e moralizador; usado para censurar condutas de desperdício ou consumo excessivo.
- Frequentemente dirigido a pessoas que gastam sem poupar ou que têm problemas de alcoolismo; pode ser usado de forma proverbial em contexto familiar, comunitário ou literário.
- Tom aconselhador ou repreensivo: indica consequência prejudicial de hábitos defensivos (gastar/esbanjar, beber com regularidade).
Exemplos
- O pai repetia sempre: “O pródigo e o bebedor de vinho nunca têm casa nem moinho”, quando via o filho a gastar todo o ordenado em festas.
- Num artigo sobre gestão doméstica escreveu-se: «Quem vive acima das possibilidades e perde-se em vícios, cedo fica sem casa nem moinho.»
Variações Sinónimos
- Quem muito gasta, pouco tem.
- Quem esbanja amanhã não tem.
- Quem tudo quer, tudo perde.
Relacionados
- Mais vale pouco e certo do que muito e incerto.
- Pão a pão, o esforço constrói a casa.
Contrapontos
- Nem toda a pobreza resulta só de gastar ou beber; fatores sociais e económicos (desemprego, doença, dívida) também podem levar à perda de bens.
- O provérbio moraliza e pode culpar a vítima em situações de dependência ou crise económica, pelo que deve ser usado com cautela.
- Em contextos modernos, há que distinguir entre responsabilidade pessoal e causas estruturais de empobrecimento.
Equivalentes
- Inglês
The prodigal and the wine-bibber have neither house nor mill. - Espanhol
El pródigo y el bebedor de vino nunca tienen casa ni molino. - Francês
Le prodigue et le buveur de vin n'ont ni maison ni moulin.