O que a boca apetece, o coração deseja.
Os apetites exteriores (gostos, vontades imediatas) refletem ou revelam desejos interiores mais profundos.
Versão neutra
O que a boca deseja tende a coincidir com o que o coração quer.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que os desejos externos — como vontades alimentares, afectivas ou materiais — frequentemente exprimem um desejo interno mais profundo. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em contextos informais para comentar ou interpretar vontades e apetites de alguém, por exemplo ao perceber interesse real por algo ou ao justificar um capricho. - É um provérbio positivo ou negativo?
Nem sempre é estritamente positivo ou negativo; pode validar um desejo (positivo) ou alertar para impulsos que convém moderar (negativo), dependendo do contexto. - Qual é a origem deste provérbio?
Trata‑se de um ditado de tradição oral; não existe autor conhecido nem registo documental preciso da sua origem.
Notas de uso
- Usa‑se para explicar que um desejo manifesto (por comida, afecto ou bens) traduz também um desejo emocional.
- Frequentemente aparece em registos coloquiais e familiares, não em linguagem formal ou académica.
- Pode ser usado para justificar indulgência (ceder a um capricho) ou para interpretar sinais de interesse.
- Não deve ser tomado como argumento moral absoluto: um apetite momentâneo não define sempre valores permanentes.
Exemplos
- Ela pediu a sobremesa mais cara à frente de todos — parecia claro: o que a boca apetece, o coração deseja.
- Quando ele começou a falar de mudar de carreira, percebi que o que a boca apetece, o coração realmente deseja; não era só um capricho.
- Diz‑se isso muitas vezes quando alguém não resiste a comprar uma coisa cara: o que a boca apetece, o coração deseja — mas convém pensar nas consequências.
Variações Sinónimos
- O que a boca deseja, o coração ambiciona.
- A boca pede e o coração confirma.
- O que se apetece revela o que se deseja.
Relacionados
- O coração tem razões que a razão desconhece.
- O apetite vem com a comida.
- Quem não arrisca não petisca (no contexto de ceder a desejos/impulsos; uso figurado).
Contrapontos
- Nem tudo o que apetece é bom para nós — o desejo momentâneo pode ser enganador.
- Os apetites podem ser passageiros e não refletem valores ou prioridades duradouros.
- Convém ponderar antes de ceder: a satisfação imediata pode ter custos futuros.
Equivalentes
- Inglês
The heart wants what it wants. - Espanhol
Lo que la boca desea, el corazón lo ansía. - Francês
Ce que la bouche désire, le cœur le veut. - Italiano
Ciò che la bocca desidera, il cuore lo brama.