Expressa a ideia de que o que se investe ou faz hoje (semente, esforço, recurso) tende a produzir retorno no futuro; metáfora agrícola para causa e efeito e paciência.
Versão neutra
O que semeares hoje na terra, a terra dar‑te‑á mais tarde.
Faqs
O provérbio significa que tudo depende só do nosso esforço? Não inteiramente. O provérbio enfatiza a relação entre ação e consequência, mas não ignora fatores externos que podem alterar o resultado; é uma regra geral, não uma promessa absoluta.
Posso usar este provérbio em contexto educativo ou profissional? Sim. É comum empregá‑lo para incentivar persistência e investimento a longo prazo, por exemplo em estudos, formação ou projectos empresariais.
Tem origem específica conhecida? A expressão tem raiz na tradição agrícola e em imagens bíblicas e populares sobre semear e colher; não há uma única origem documental identificada para esta formulação exata.
Notas de uso
Empregado tanto literalmente (agricultura) como figurativamente (trabalho, educação, relações, finanças).
Transmite uma mensagem de reciprocidade temporal: ações presentes geram consequências posteriores.
Não garante resultados imediatos; sublinha a necessidade de tempo e de condições favoráveis.
Pode ser usado como conselho, advertência ou consolo — conotação geralmente positiva.
Em contextos modernos, deve considerar fatores externos (clima, mercado, injustiças) que também influenciam o resultado.
Exemplos
Se plantares legumes com cuidado, o que à terra deres já, ela depois to dará — vais colher na próxima estação.
No estudo, aplicares-te agora rende frutos depois: o esforço de hoje paga-se mais tarde, tal como diz o provérbio.
Os investimentos conscientes podem demorar, mas seguindo o princípio do provérbio, os resultados aparecem com paciência.
Variações Sinónimos
Quem semeia, colhe.
O que semeares, colherás.
Hoje semeias, amanhã colhes.
Cada qual colhe o que planta.
Relacionados
Quem semeia ventos, colhe tempestades (aviso sobre causas negativas)
De grão em grão enche a galinha o papo (valor do progresso gradual)
Cada um colhe o que planta (reciprocidade e responsabilidade)
Contrapontos
Nem sempre o esforço individual garante retorno: condições externas (clima, crises, políticas) podem impedir a colheita.
O provérbio simplifica relações complexas de causa e efeito; em sociedades desigualitárias, quem semeia nem sempre colhe na mesma proporção.
Pode ser usado para responsabilizar indevidamente a vítima de circunstâncias adversas, por isso convém cuidado ao aplicar o sentido literal a situações sociais.